Redação Correio Nagô – Nos cinco primeiros dias do carnaval de Salvador, foram registradas 394 ocorrências no Observatório da Discriminação Racial, Violência contra a Mulher e LGBT. O número é maior que o registrado em todos os dias da folia baiana do ano passado, quando foram contabilizadas 351 casos. Do total de 2013, 305 foram casos de racismo.
“Mesmo com uma população predominantemente negra e com uma forte manifestação cultural, as ações racistas ainda são responsáveis por 305 ocorrências em Salvador, com destaque para o quesito vulnerabilidade social de negros na folia”, divulgou a assessoria da prefeitura de Salvador.
Ainda de acordo com os dados divulgados, 21% das ocorrências foram de violência contra mulher, seguidos da violência contra LGBT com aproximadamente 2% dos casos.
Quatro postos de atendimento do Observatório foram instalados na Ladeira e São Bento, Ondina, Estação da Lapa e Centro Histórico. A vítima de violência e/ou discriminação motivada por questões de raça, gênero ou orientação sexual pode registrar sua reclamação em um desses postos ou através do telefone 156. “Equipes volantes de observadores também estão nos circuitos orientando o folião com material informativo e observando os atos passíveis de registros”, acrescentou a assessoria.
“Em sua oitava edição, o Observatório da Discriminação Racial, Violência contra a Mulher e LGBT comprova que, na maior festa popular do mundo, os iguais são tratados de forma desigual e que ações de combate a atos de discriminação gerados por questões de orientação sexual, raça e gênero devem ser intensificadas”, finalizou a assessoria da prefeitura de Salvador.
