Redação Correio Nagô
Amanhã, 21 de março, é comemorado o Dia Internacional Contra à Discriminação Racial. A data foi criada em 1960, pela Organização das Nações Unidas (ONU), em referência ao Massacre de Sharpeville, tragédia que provocou a morte de 69 negros e 186 feridos, na cidade de Joanesburgo, na África da Sul. A chacina, realizada por policiais, ocorreu enquanto 20.000 manifestantes exigiam o fim da Lei do Passe, norma que especificava quais locais da cidade a população negra tinha o direito de transitar.
A secretaria de Promoção da Igualdade Racial (Sepromi), Vera Lúcia, reflete sobre a data. “Neste dia de luta coletiva pela eliminação do racismo, colocamos, ainda, algumas indagações bastante pertinentes: O que temos feito para eliminar a discriminação racial no nosso meio”? Ela está presente, sem dúvidas, informa. Vera Lúcia ainda faz uma relação do massacre ocorrido nos anos de 1960 com os acontecimentos atuais. “O cerceamento à liberdade do povo negro em 21 de março de 1960, em Sharpeville, não está longe da nossa realidade”, diz.
No Brasil, o dia marca a criação da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), instituída em 2003. O cineasta Joel Zito comemora os 13 anos de existência do órgão. “Hoje, quando a SEPPIR atinge doze anos de existência, podemos perceber que, finalmente, através de várias políticas de ações afirmativas implementadas por esta Secretaria, ser negro no Brasil deixou de significar apenas sofrimentos e perdas. Para nossa alegria, constatamos que a SEPPIR tem sido um elemento dinamizador dos nossos sonhos de juventude”, pontua.
