O jogador Emmanuel Frimpong, do time de futebol russo, Ufa FC, foi expulso do jogo de abertura do Campeonato Russo ao reagir a ofensas racistas proferidas pela torcida, na última sexta-feira (20). Alvo de gritos e xingamentos como “macaco”, o ganês, devolveu as ofensas com um gesto obsceno e foi retirado do gramado. Em defesa do colega, o atacante brasileiro Hulk, que joga no Zenit, disse que o incidente é uma vergonha. A Fifa informou que irá pedir à União Russa de Futebol para providenciar detalhes do incidente.
Além de demonstrar preocupação com o incidente racista que ocorreu com o amigo, o jogador brasileiro declarou que esse tipo de atitude acontece com frequência e demonstrou preocupação com o fato da Rússia ser a sede da próxima Copa do Mundo, em 2018. “Se (racismo) acontecer na Copa do Mundo, será realmente nojento e feio. É uma vergonha. Isso acontece em quase toda partida na Rússia, mas o mundo não ouve isto porque eles tentam silenciar”, disse.
A indignação se acirrou após o comentário do ministro dos Esportes, Vitaly Mutko, para quem o incidente não deve ser “elevado à um grande escândalo”. Posição que demonstra o nacionalismo radical que envolve o país, lugar em que a xenofobia e o racismo são visões políticas crescentes entre os jovens. Alegando que o aumento da criminalidade e da escassez dos postos de trabalho no país é devido à chegada dos imigrantes.
