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    “Preta, gorda e nordestina” vem aí boneca da Tia Má

    Correio NagôBy Correio Nagô30 de janeiro de 2017Updated:30 de janeiro de 2017Nenhum comentário5 Mins Read
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    Maíra Azevedo, mais conhecida como Tia Má, é jornalista, vlogueira e parceira no programa “Encontro com Fátima Bernardes”.

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    Foto: Andrea Magnoni

    Tia Má, como ficou conhecida nas redes, viralizou na internet com seus vídeos bem humorados e interativos. Com publicações contínuas, a jornalista mantinha o humor mesmo quando tratava de assuntos tensos como o racismo.

    Foto Andrea Magnoni
    Foto Andrea Magnoni

    A mulher  “preta, gorda e nordestina”, forma como a própria gosta de se definir, vai virar boneca. Isto é representatividade.

    E para saber um pouco mais da carreira da jornalista e do lançamento da sua boneca, o Correio Nagô entrevistou Tia Má.

    Correio Nagô – Como está atualmente sua carreira profissional, tanto como jornalista quanto como vlogueira? Alguma expectativa compartilhável para o futuro?

    Tia Má – Eu sigo como parceira no programa “Encontro com Fátima Bernardes”. Aqui em Salvador continuo trabalhando no Grupo A Tarde. Ainda esse ano vai estrear minha participação no programa Império da Beleza no canal LifeTime na TV a cabo e também nos Caminhos da Felicidade no Multishow. Tudo isso no primeiro semestre, eu só não sei a data certa ainda.

    Quem são os idealizadores e os envolvidos que irão transformá-la numa boneca?

    A ideia é da empresa Era uma Vez o Mundo. Eles convidam algumas mulheres negras que tenham um trabalho de empoderamento, uma luta de combate ao racismo. Então eles me convidaram e eu me senti extremamente honrada e lisonjeada. Eu fui criança negra entre as décadas de 80 e 90, então eu não tinha referencial positivo negro na TV. Ter recebido esse convite, para mim, é uma honra, me sinto privilegiada, mas também acredito que seja um desafio, porque eu tenho agora o papel de ser um referencial para aquelas crianças que vão se ver, se identificar por meio da boneca da Tia Má.

    Eu fico muito emocionada todas às vezes que eu penso nisso, porque nunca passou pela minha cabeça que um dia eu ia ser uma boneca, porque eu nunca tive uma boneca igual a mim.

    Sabemos que a população negra no Brasil é mais da metade, no entanto, você realmente acha que existe um público para consumir este produto?

    Com certeza. Eu acho que existe um público carente, eu sou mãe de um menino, mas eu sinto falta de encontrar brinquedos que meu filho olhe e que ele se reconheça. Eu compro para meu filho muitos brinquedos que mexem com a imaginação, porque os bonecos do super-herói, qualquer coisa que remeta a imagem de um ser humano é sempre uma imagem branca. É como se a gente não existisse e eu acho que esse público só é pequeno, justamente porque você não encontra. A população negra é a maioria da população, mas ela também é a maioria da população com menos renda, para uma pessoa sai batendo perna ela vai ter que gastar mais transporte, mais gasolina, mais tempo. Para conseguir encontrar uma boneca negra tem que procurar muito, e termina comprando uma boneca branca porque se encontra em qualquer lugar, com facilidade. Quanto mais bonecas negras existirem, quanto mais as empresas oferecerem esse tipo de produto, um produto que tenha nossa cara, nossa imagem, mas as pessoas vão comprar.

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    Sabe-se que o mercado de bonecas pretas é muito pequeno, quase nulo. De qual forma e em qual grau isso prejudica a formação identitária e autoestima de crianças negras? Fale sobre a importância de haver bonecas negras no mercado.

    A importância de existir bonecas negras no mercado é em primeiro lugar você dizer para aquelas meninas que elas existem, elas precisam se olhar e reconhecer que elas são belas e que existe uma diversidade de beleza. A gente fala muito que não existem bonecas negras e as poucas que existem tem aquela beleza negra comercial, do que é vendido, magra, nariz afilado, o cabelo crespo, mas é um cabelo mais solto. Então quando você começa a botar uma mulher como eu que é preta, gorda e nordestina, inclusive, é assim que eu tenho me descrevido nos meus vídeos, porque foi assim que os racistas quiseram me ofender quando invadiram minha página. Portanto, colocar no mercado uma boneca preta, gorda e nordestina é estar mostrando para essas meninas que elas existem. Quando você diz que ela existe, você tá dizendo que ela pode ser o que ela quiser ser.

    Eu fico muito emocionada todas às vezes que eu penso nisso, porque nunca passou pela minha cabeça que um dia eu ia ser uma boneca, porque eu nunca tive uma boneca igual a mim.

    Recentemente, o videoclipe de Larissa Luz “Bonecas Pretas” foi lançado, vídeo este que critica a falta de representatividade das crianças negras e o fato de que no mercado não há bonecas pretas.  

    Veja o clipe:  

    Joyce Melo é repórter do Portal Correio Nagô

    bonecas pretas representatividade
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