“O povo faz samba o ano todo. Vir para a Avenida é o desaguar disso”, defende Juliana Ribeiro
Fotos: Edson Ruiz (SecultBA)
A quinta-feira de Carnaval é conhecida como o Dia do Samba dentro da folia. Entre a noite do dia 23 e a madrugada de hoje, 24, foram mais de sete blocos de samba desfilando na Avenida.
Os consagrados Xande de Pilares, Nelson Rufino, É O Tchan e Juliana Ribeiro se apresentaram durante a noite, que também contou com o desfile dos grupos Fora da Mídia, Bambeia e Batifun.
Apesar da grande variedade dos blocos de samba, para cantora e produtora Mazé o samba ainda não possui a visibilidade merecida dentro do Carnaval.
“Seria importante ter um dia só de samba para oferecer uma visibilidade dentro do Carnaval. Quem sabe assim, talvez, as emissoras de TV e rádio passariam a transmitir todo o mundo do samba. O Alerta [Geral] todo o mundo cobre, mas temos mais de trinta blocos de samba que não possuem atenção”.
O Alerta Geral, que possui mais de duas décadas de tradição de samba no Carnaval, foi o responsável por abrir o desfile do ritmo nesta quinta fera, trazendo atrações locais e nacionais e arrastando uma multidão de animados sambistas.
Apesar da reclamação de ausência de cobertura, os blocos de samba possuem uma forte adesão do público. A sambista Juliana Ribeiro explicou o fenômeno, afirmando que “o samba é uma manifestação cultural. O povo faz samba todo o ano e ele faz parte do cotidiano das pessoas. Vir para a Avenida é apenas o desaguar de tudo isso”, afirmou ao Correio Nagô a cantora, compositora e pesquisadora da música popular brasileira.
Texto: Vinicius Nascimento do Correio Nagô
