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    Muzenza balança segunda edição do Concha Negra

    Paulo RogerioBy Paulo Rogerio10 de outubro de 2017Nenhum comentário5 Mins Read
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    Foto: Camila Souza/GOVBA
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    Quebrando padrões, o Bloco Afro Muzenza comandou a segunda edição do Concha Negra no último domingo (08), com a participação de Chico César, Saulo, N Black e AfroBapho.

    Foto: Camila Souza/GOVBA

    Com repertório passando por músicas clássicas e atuais, o espetáculo atraiu o público – que compareceu com força – mas não o suficiente para ocupar os 5000 mil lugares da Concha.

    “Tardiamente, a Bahia começa a reconhecer o valor dos blocos afro, porque o racismo é acoplado dentro da superioridade e quando você não dá possibilidade de intervenção. Então, quando você começa a quebrar esses estereótipos e tabus, começa a dar à população negra um acesso. E é isso nós queremos: mostrar a nossa música, que já é cantada pelos artistas de trio elétrico, mas que precisa ser cantada  também por nós. É preciso entender que temos um público que não é feito de um dia para o outro”, considera o cantor e compositor Tonho Matéria.

    A abertura do evento ficou por conta do desfile de moda de N Black e AfroBapho. “Durante esses 12 anos eu jamais imaginei pisar no palco da Concha com um desfile nosso. Um desfile quebrando padrões, mostrando que todo mundo pode aparecer na tela. quando eu abro com uma modelo plus dizendo que ela ama as curvas dela e fecho com uma deficiente dizendo que feio é seu preconceito eu já disse tudo. O Muzenza sai na frente dando a oportunidade de mostrarmos um trabalho sério, de verdade, que precisa aparecer”,  declara a idealizadora e criadora da N Black, Najara Black.

    Fotos: @juniorrochassa

    EmocionadX, X criadorX do Coletivo Afrobapho Alan Costa também comemora a conquista: “É a minha primeira vez pisando na Concha acústica em cima do palco, podendo ter essa aceitação que é gratificante. O Coletivo trabalha com essa estética, numa perspectiva de diversidade, de interseccionalidade, para que o público possa entender que fazemos parte de um todo”.

    DOS TAMBORES AO AXÉ

    No repertório do Muzenza não faltou as músicas que marcaram a trajetória do bloco, mas houve espaço também para as novas canções. As batidas dos tambores deram o tom da noite, indo do reggae ao samba de roda.

    Misturando a riqueza dos ritmos do Nordeste a sonoridades universais, o paraibano Chico César encantou o público, especialmente, com “Mama África”, seu maior clássico, que foi entoado com a destreza de improvisos – uma característica do artista.

    Foto: Camila Souza/GOVBA

    Ao Portal Correio Nagô, Chico César falou do momento atual do Brasil: “Como cidadão, desde o meu primeiro disco lançado há 22 anos, a todo momento o meu gesto é um gesto de cidadania: meu canto, dança, letra, poesia. Nesse momento de retrocesso, fico feliz de ver que muitos dos meus colegas artistas cidadãos – que de certa forma apoiaram o fim de um período curto de democracia vigente no País  – começam a se preocupar um pouco com ‘ a Amazônia, a censura…’ Acho que precisamos pensar que tudo está interligado. Não podemos pensar fatiado. É preciso agir, interagir, conversar, provocar e não deixar que um pensamento sórdido tome conta do País”.

    Sobre seu estado de poesia em meio ao mar de retrocessos, respondeu: “Estado de Poesia tem exatamente a ver com isso com o pensamento que que dança. Contra um estado absolutista, careta, o que há é um estado de poesia. É o que olha para um velho e nele ver uma criança. É o estado que olha para uma árvore ali ver uma floresta”.

    Quem também levantou o público foi o cantor Saulo com a música “Raiz de Todo Bem”. Quando questionado sobre a representatividade que o evento tem, explicou: “A representatividade justifica a realização deste evento. É a possibilidade de se ver na tela. É mostrar a verdadeira Bahia. Eu fico sempre que querendo fazer jus porque eu sou tão pequeno, tão pouco, mas minha intenção sempre foi homenagear. Quando me chamam para vir, sempre venho e penso: ‘tenho de fazer direito’. O Muzenza é muito importante na minha formação enquanto compositor”.

    TRANSMISSÃO

    O Espetáculo foi transmitido ao vivo e exclusivo pela TVE, canal 10.1, e pela rádio Educadora FM. Em entrevista ao Portal Correio Nagô, o diretor geral do IRDEB Flávio Gonçalves falou do compromisso das emissoras com a comunidade negra.“A TVE e a Rádio Educadora assumiram o compromisso de serem as emissoras da Década Internacional do Afrodescendente. Somos rádio e TV públicas da Bahia, portanto a gente é do povo baiano. A maioria do povo é negra, significa que isso deve estar representado. Por isso estamos investindo na produção de conteúdos próprios, como é o caso da transmissão da Concha Negra, mas, também, reproduzindo conteúdos de parceiros que debatem as questões afrodescendentes”.

    CONCHA NEGRA

    O projeto Concha Negra é uma iniciativa do Governo da Bahia. A primeira etapa do projeto foi iniciada em 17 de setembro, com show dos Filhos de Gandhy, e segue por um semestre até o mês de fevereiro. Depois de Muzenza, completam a lista: Ilê Aiyê (19 de novembro), Cortejo Afro (17 de dezembro), Olodum (7 de janeiro) e Malê Debalê (4 de fevereiro). Além das apresentações principais, cada espetáculo terá a participação de pelo menos um convidado especial e também uma abertura com o Janela Baiana, ação continuada da SecultBA que abre espaço para artistas ou grupos emergentes da Bahia nos eventos da Concha.

    Donminique Azevedo é repórter do Portal Correio Nagô.

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