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    Lugar de mulher é onde ela quiser, inclusive na tecnologia!

    Paulo RogerioBy Paulo Rogerio22 de outubro de 2017Updated:25 de outubro de 2017Nenhum comentário5 Mins Read
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    Em tempos de retomada desenfreada de pautas conservadoras, mulheres se articulam cada vez mais para combater a desigualdade e a violência de gênero. No campo da Ciência e Tecnologia, não tem sido diferente. Movimentos femininos e feministas denunciam preconceito e se organizam para promover a disputa de narrativas necessárias e reivindicar lugares e espaços. 

    Lorena Vilas Boas coordena o Mídia Étnica Lab, um espaço onde programadores/as, ativistas, artistas, jornalistas, hackers e demais produtores (makers) podem exercer livremente suas iniciativas e conectar-se com grupos que desenvolvem um trabalho semelhante no mundo.

    Um exemplo disso é o iamtheCODE, primeiro movimento global precedente da África com o intuito de mobilizar o setor público e privado, organizações filantrópicas e fundações para avançar com a educação de meninas e mulheres na área STEAMED (sigla em inglês para as áreas de Ciência, Tecnologia, Engenharia, Artes, Matemática, Empreendedorismo e Design).

    Pretende-se, com essa mobilização, incentivar o investimento em tecnologias futuras que possam impulsionar o desenvolvimento sustentável para meninas que moram em áreas marginalizadas e/ou excludentes da sociedade.

    A iniciativa está expandindo para outros países. O iamtheCODE pretende, até 2030, formar um milhão de programadoras, e o Brasil já está fazendo parte desse impacto. 

    Bianca dos Santos, Lorena Vilas Boas e Alessandra Carvalho estão engajadas em combater o racismo por meio das ciências.

    Nos dias 21 e 22 de outubro está acontecendo o Hackathon de lançamento do iamtheCODE no Brasil, na Thoughworks em São Paulo. Duas soteropolitanas, Bianca Santos e Alessandra Carvalho, estão representando Salvador (BA) nesse movimento para empoderar as mulheres através da tecnologia. Elas tiveram uma bolsa do Instituto Mídia Étnica para participar do evento.

    A intenção do programa é que mulheres, principalmente aquelas em situação de vulnerabilidade socioeconômicas,  criem consciência sobre o que é tecnologia da informação, como se programa e a logística de pensamento de programadores. Historicamente, as mulheres foram excluídas das ciências exatas e podadas no desenvolvimento dessas habilidades, que vão para além da área.

    Para a coordenadora do Mídia Étnica Lab e articuladora do programa na Bahia, Lorena Vilas Boas: “É uma crença do programa que quando a mulher desenvolve essas competências na área de programação, ela se torna muito mais apta em crescer nas áreas de ciência, tecnologia, engenharia e matemática. E de trazer esses conhecimentos para resolver problemas do seu dia a dia, sendo essa mulher da área de tecnologia ou não, é uma habilidade que se desenvolve e não é perdida”.

    De exatas: Sim, nós podemos!

    Bianca dos Santos é uma das poucas mulheres negras no curso de Engenharia Química

    Enedina Alves Marques foi a primeira mulher negra a se formar em engenharia no Brasil. Nascida em 1913, de família pobre, ela cursou engenharia , formou-se aos 30 anos no Instituto de Engenharia do Paraná (IEP) e teve papel decisivo na condução das obras para construção da maior central hidrelétrica subterrânea do sul do país, a Usina Governador Pedro Viriato Parigot de Souza.

    Bianca dos Santos é uma das baianas premiadas pelo IME para participar do evento em São Paulo. Desde adolescente, teve afinidade com as ciências exatas, mas não teve referências de mulheres que assim como ela amam os números. Por isso, a estudante de Engenharia Química da Universidade Federal da Bahia, hoje, trilha um caminho de busca por representatividade na sua área  e pelo auge da sua potência enquanto mulher preta.

    “Foi na faculdade que eu me enxerguei realmente como negra, eu estava em um processo de embranquecimento que me apagava em relação à minha identidade. E a questão o empoderamento veio muito de dentro pra fora”, conta.

    De poucas e bem planejadas palavras, Bianca é daquelas mulheres dos números e pensamento lógico que não ignoram a questão racial. Ela revela que não é nada fácil lidar com um curso branco e masculinizado – que ainda não pensa sobre representatividade.”Quando eu vi o I’m the code, percebi que é exatamente disso que preciso nas ciências exatas, porque lá a gente não levanta esses questionamentos, sobre o que está acontecendo na nossa universidade e onde estão as pessoas negras”, considera.

    RESISTÊNCIA

    Alessandra Carvalho deseja implementar ações sustentáveis locais, principalmente no bairro onde mora em Salvador.

    Alessandra Carvalho – outra jovem da Bahia que está participando do Hackathon em São Paulo, por meio do IME – vem buscando encontrar seu lugar no mundo. O sonho de ser uma professora que pensa fora da caixa e inspira seus alunos foi o gás impulsionador para disputar a vaga, e conseguir entrar no curso de Geografia do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia (IFBA).

    Alê tem dentro de si a energia das geminianas, que estão sempre dispostas a fazer novas conexões. “Essa viagem para São Paulo vai abrir a minha mente e tornar minha voz mais ativa e eu acho que vai ser um abre alas para o que eu quero, que é crescer, não sozinha, mas levando quem eu puder junto comigo. E o meu bairro Águas Claras”, almeja.

    Beatriz Almeida é repórter do Portal Correio Nagô.

    FOTOS: Rosalvo Neto/Instituto Mídia Étnica

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