01/02/2018 |às 17h05
Um dos maiores símbolos da resistência africana à colonização, a Rainha de Angola Nzinga é uma das grandes homenageadas do bloco afro Malê Debalê. Além da combatente destemida e exímia estrategista militar, Nzinga, são homenageadas ainda as índias baianas representadas pelas Pataxós, Jokanas, e D. Francisquinha, figura icônica do bairro de Itapuã.
Este ano, o Malê Debalê leva para o Circuito Campo Grande o tema: Nzinga, Jokanas e Francisca: Um poder Feminista! De acordo com o Bloco, o objetivo da homenagem é conscientizar a sociedade sobre o respeito ao gênero feminino.
DEBALÊ
Fundado em 1979, o Malê Debalê nasceu de um grupo de moradores de Itapuã que desejavam ver o seu bairro representado no carnaval de Salvador.
São 19 alas de dança, num total de 1,5 mil dançarinos, o que fez o jornal The New York Times conceder-lhes o título de “o maior balé afro do mundo”.
O nome do bloco é uma homenagem aos Malês, da mais célebre revolta escrava nas ruas de Salvador, ocorrida em 25 de janeiro de 1835: a Revolta dos Malês. Eram negros muçulmanos, que lutaram contra o processo de escravidão. O Malê Debalê considera uma missão não apenas contar esta história, mas, principalmente, se tornar um outro exemplo de resistência à dominação.
CONCHA NEGRA
O Malê Debalê encerra a primeira temporada do Concha Negra, dia 4 de fevereiro (domingo), às 18h, na Concha Acústica do TCA, com participações especiais de Mariene de Castro e Ellen Oléria, e ainda abertura com As Ganhadeiras de Itapuã. Os ingressos custam R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia) e estão à venda na bilheteria do TCA, nos SACs do Shopping Barra e do Shopping Bela Vista e no site www.ingressorapido.com.br.
Donminique Azevedo é repórter do Portal Correio Nagô.