Correio Nagô
    Mais editoriais
    • Revista
    • Manchete
    • Politica
    • Raça
    • Internacional
    • Economia
    • Tecnologia
    • Esporte
    Facebook Twitter Instagram YouTube
    • IME
    • Quem Somos
    • Anuncie
    • Apoie
    Facebook Twitter Instagram
    Correio NagôCorreio Nagô
    Novembro Negro 2022
    • Cultura
    • Direitos Humanos
    • Colunistas Nagô
    • Narrativas Negras
    • TV Correio Nagô
    Correio Nagô
    Home»Blog»Carta da Comunidade do Quilombo Rio dos Macacos
    Blog

    Carta da Comunidade do Quilombo Rio dos Macacos

    Paulo RogerioBy Paulo Rogerio27 de novembro de 2019Nenhum comentário7 Mins Read
    Facebook Twitter Pinterest LinkedIn Tumblr WhatsApp VKontakte Email
    Share
    Facebook Twitter LinkedIn Pinterest Email

    A Associação Quilombola de Rio dos Macacos, junto com as organizações abaixo subscritas, vem a público denunciar o assassinato de um dos integrantes mais antigos da comunidade, o Sr. José Isídio Dias, muito conhecido no território como “Seu Vermelho”, de 89 anos. Trabalhador rural, Seu Vermelho integrava o grupo de moradores mais velhos que habita o território quilombola e que presenciou o processo de invasão da área pelas Forças Armadas.
    A Comunidade Quilombola de Rio dos Macacos vive um conflito fundiário produzido pela Marinha de Guerra do Brasil desde os anos 1950, quando teve o seu território espoliado pela construção da Barragem do Rio dos Macacos, e cujo contexto foi agravado em 1970, quando grande parte do território tradicional foi usurpado para a instalação da Vila Naval de Aratu.
    Durante todo este tempo, o racismo e a violência institucional sempre estiveram presentes no cotidiano da comunidade, que vive marcada pelo terrorismo de Estado, com mortes, agressões, estupros, expulsões de moradores, derrubada de moradias, saque e destruição de pequenas lavouras para subsistência, cerceamento da liberdade de locomoção, além da negação do acesso às políticas públicas fundamentais para garantia de sua dignidade.
    Desde 2010, a luta em defesa do território e pela vida ganhou outros contornos, após a União ingressar com ações judiciais buscando a expulsão da comunidade de seu território tradicional. Como se não bastassem as décadas de abandono sem políticas de acesso à educação, saúde, saneamento básico e direitos afins, a comunidade enfrenta, historicamente, diversas formas de criminalização e perseguição, onde nem mesmo o direito de reivindicar a sua identidade coletiva e a defesa dos Direitos Humanos é respeitado pelas instituições.
    Neste percurso, a articulação política empreendida pela comunidade, junto com organizações da sociedade civil e o monitoramento de organismos internacionais do Sistema Interamericano de Direitos Humanos, tem exigido do Estado brasileiro a efetivação dos direitos fundamentais da Comunidade Quilombola de Rio dos Macacos, principalmente no que se refere à recente
    sentença proferida pela Justiça Federal, em sede de Ação Civil Pública, que determinou ao Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária – INCRA a finalização do processo de titulação da área de 104,7 hectares por meio de título coletivo de propriedade em nome da associação quilombola.
    Território é vida! Enquanto houver omissão institucional no cumprimento dos deveres públicos, todas as instituições são responsáveis por cada quilombola que tomba frente à resistência secular de nosso povo.
    Desta forma, exigimos que o assassinato de Seu Vermelho receba todas as respostas institucionais cabíveis, no que se refere ao processo de investigação e de suporte a todos os familiares. Além disso, que o Estado brasileiro proceda a imediata titulação do nosso território e garanta condições de segurança a nossa comunidade, cumprindo com o dever constitucional de reparação histórica à população quilombola para que possamos viver com autonomia em nossa terra ancestral.

    Simões Filho, 26 de novembro de 2019.

    Associação do Quilombo de Rio dos Macacos

    Subscrevem esta nota:
    AATR – Associação de Advogados de Trabalhadores Rurais
    Abayomi Organização de Mulheres Negras
    Acasango Advogadas Associadas
    AfirmAção Rede de Cursinhos Populares
    AFROUNEB – Núcleo Interdisciplinar de Estudos Africanos e Afro-Brasileiros da Universidade do Estado da Bahia
    AGANJU – Afro Gabinete de Articulação Institucional e Jurídica
    Agentes de Pastoral Negros do Brasil – APNs
    Aliança Hip Hop Taquaril – BH
    Alma Preta
    AMI – Associação dos Moradores de Itapuã
    AMPARAR – Associação de Amigos e Familiares de Presos – SP
    Aparelha Luzia
    Articulação da Juventude Pesqueira
    Articulação das Mulheres Pescadoras
    Articulação dos Povos e Organizações Indígenas do Nordeste, Minas Gerais e Espírito Santo
    Articulação dos Povos Indígenas do Brasil
    Articulação Nacional de Pescadoras
    Articulação Nacional de Psicológas(as) Negras(os) e Pesquisadores – ANPSINEP
    Assessoria Popular Maria Felipa – BH
    Associação Cultural Bloco Carnavalesco Ilê Aiyê
    Associação Cultural e Carnavalesca Afoxé Kambalagwanze
    Associação de Pescadoras e Pescadores de Conceição
    Associação de Pescadores e Moradores do Angolá
    Associação do Porto da Pedra
    Bando de Teatro Olodum
    Bloco Afro Ginga do Negro
    Bloco Afro Ilú Oba De Min
    Bloco Afro Olodum
    Casa do Hip Hop do Taquaril – BH
    Casa do Meio do Mundo – SP
    CDDH Dom Tomás Balduino de Marapé ES
    CEDECA Mônica Paião Trevisan – SP
    Ceert – Centro de Estudos das Relações de Trabalho e Desigualdades
    CEN – Coletivo de Entidades Negras
    Cendepa – PA – Gênero, Raça e Etnia Para Jornalistas
    Centro de Direitos Humanos de Sapopemba – SP
    Centro de Estudo e Defesa do Negro do Pará – CEDENPA
    Círculo Palmarino
    Coletivo Antônia Flor – Assessoria Técnica em Direitos Humanos
    Coletivo Corpos Indóceis e Mentes Livres
    Coletivo de Juventude Negra Cara Preta
    Coletivo Faremos Palmares de Novo
    Coletivo Feminino Aldeia Itapuã
    Coletivo Força Ativa – SP
    Coletivo Jurídico na Conaq Joãozinho do Mangal
    Coletivo Luiza Bairros – UFBA
    Coletivo Margarida Alves de Assessoria Popular
    Coletivo Negro Afromack
    Coletivo Negro Vozes da UFABC – SP
    Coletivo Ogum’s Toques Negros
    Coletivo Sapato Preto Lésbicas Amazonidas
    Comissão Ecumênica de Serviços (CESE)
    Comissão Pastoral da Terra (CPT)
    Comitê Brasileiro de Defensoras e Defensores de Direitos Humanos
    Comunidade Cultural Quilombaque
    Comunidade de Samba Maria Cursi
    Comunidade de Samba Pagode na Disciplina Jardim Miriam
    Conaq – Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas
    Conselho Pastoral de Pescadoras e Pescadores
    Cooperifa
    Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais
    Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais (CONAQ)
    Criola
    Cursinho Popular Carolina de Jesus
    Desenrola e Não me Enrola
    Educafro – Educação e Cidadania de Afrodescendentes
    Evangélicos Pelo Estado de Direito
    Festival da Mulher Afro-Latina-Americana e Caribenha – Latinidades
    Frente de Mulheres Negras do DF e Entorno
    Frente Favela Brasil
    Frente Nacional de Mulheres do Funk
    Frente Nacional Makota Valdina
    Gajop – Gabinete Assessoria Jurídica Organizações Populares
    Geledés – Instituto da Mulher Negra
    GeografaR
    Grupo Asa Branca de Criminologia
    Grupo de Amigos e Familiares de Pessoas em Privação de Liberdade
    Grupo de Assessoria Jurídica Popular (UNEB-XV)
    Grupo de Pesquisa Traduzindo no Atlântico Negro
    Grupo Kilombagem
    IDEAS – Assessoria Popular
    Ilê Omolu Oxum
    IMUNE – Instituto de Mulheres Negras de Mato Grosso
    Iniciativa Direito a Memória e Justiça Racial
    INNPD – Iniciativa Negra por Uma Nova Política Sobre Drogas
    Instituto AMMA Psique e Negritude
    Instituto Cultural Steve Biko
    Instituto Marielle Franco
    Instituto Negra do Ceará – Inegra
    Irohin – Comunicação e Memória Afro-brasileira
    Jornal Café Preto
    Justiça Global
    Koinonia Presença Ecumênica e Serviço
    Kombativa – Cooperativa Social Latino-Americana de Direitos Humanos
    Mães da Bahia
    Mahin – Organização de Mulheres Negras
    Mandata Quilombo da Deputada Estadual Erica Malunguinho
    Marcha das Mulheres Negras de São Paulo
    Maré – Núcleo de Estudos em Cultura Jurídica e Atlântico Negro
    Metropolitana/MG
    MNU – Movimento Negro Unificado
    Movimento das Favelas – RJ
    Movimento de Mães do Socioeducativo do Ceará
    Movimento dos Atingidos pela Base de Alcântara (MABE)
    Movimento dos Atingidos pela Base Especial de Alcântara
    Movimento dos Sem Terra (MST)
    Movimento dos Sem Teto da Bahia (MSTB)
    Movimento IFBA Negro
    Movimento Independente MÃES DE MAIO
    Movimento Nacional de Pescadoras e Pescadores
    NEGRARIA – Coletivo de Artistas Negros de Belo Horizonte e Região
    Nova Frente Negra Brasileira
    Núcleo de Estudos em Agroecologia e Nova Cartografia Social (UFRB)
    Okán Dimó – Coletivo de Matriz Africana
    ONDJANGO – Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros
    PDRR – Programa Direito e Relações Raciais – Faculdade de Direito da Universidade Federal da Bahia
    Povo Tupinambá de Olivença
    Pretas em Movimento – BH
    Protagonismo Negro da UFSM
    PVNC – Movimento Pré-Vestibular para Negros e Carentes
    Rede de HistoriadorXs NegrXs
    Rede de Mulheres Negras de Minas Gerais – MG
    Rede de Mulheres Negras de Pernambuco
    Rede de Proteção e Resistência Contra Genocídio – SP
    Rede Fulanas NAB
    Rede Nacional de Negras e Negros LGBT.
    Rede Sapatà
    Rede Urbana de Ações Socioculturais- RUAS – DF
    Renafro – Rede Nacional de Religiões Afro-brasileiras e Saúde
    Sociedade Maranhense de Direitos Humanos (SMDH)
    Teatro Negro e Atitude -BH
    Teia dos Povos
    Terra de Direitos
    Ubuntu Cursinhos – SP
    UNEafro Brasil
    Unegro – União de Negros pela Igualdade
    Voz da Baixada

    Share. Facebook Twitter Pinterest LinkedIn Tumblr WhatsApp Email
    Previous ArticlePequena África guarda memória da ocupação negra no Rio de Janeiro
    Next Article Comunidade de Rio dos Macacos exige “respostas institucionais” ao assassinato de Seu Vermelho
    Paulo Rogerio

    Related Posts

    Escritoras discutem fazer literário e poesia preta na programação de julho da Circulação Profundanças

    18 de julho de 2022

    Clássico de Abdias Nascimento para o teatro ganha nova edição com texto definitivo

    14 de julho de 2022

    Markos Hawk faz declaração de amor em novo clipe “Eu Sinto Saudade”

    14 de julho de 2022

    Tássia Reis celebra Alcione e seus 50 anos da carreira em show no SESC Santana

    11 de julho de 2022

    Comments are closed.

    Sobre
    Sobre

    Uma das maiores plataformas de conteúdo sobre a comunidade negra brasileira do Brasil, possuindo correspondentes em diversos estados do Brasil e do mundo.

    O Portal Correio Nagô é um veículo de comunicação do Instituto Mídia Étnica

    Editoriais
    • Cultura
    • Direitos Humanos
    • Colunistas Nagô
    • Narrativas Negras
    • TV Correio Nagô
    Facebook Twitter Instagram YouTube
    • IME
    • Quem Somos
    • Anuncie
    • Apoie
    © 2025 Desenvolvido por Sotero Tech.

    Type above and press Enter to search. Press Esc to cancel.