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    Representatividade x BBB 21

    Valéria LimaBy Valéria Lima23 de fevereiro de 2021Updated:8 de março de 2021Nenhum comentário4 Mins Read
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    Ao longo dos seus 21 anos o Big Brother Brasil invade a casa dos brasileiros, e sempre gerou grande comoção nacional, porém em 2021 foi uma verdadeira explosão! Com o recorde de participantes negros, esta edição nos convenceu a acompanhá-la, pois em tempos em que o assunto é representatividade, entendemos que nós negros precisamos estar presentes em todos os espaços. Somando a isso o fato de Thelma Assis ter vencido o BBB20, o entendimento foi que finalmente, a maior rede de telecomunicações do país entendeu que representatividade importa.

    Em meio a uma pandemia, e após inúmeros conflitos ocasionados por questões raciais em diversos países, como o assassinato de George Floyd, em maio de 2020, nos Estados Unidos, acreditávamos que esse era um avanço no debate racial em nosso país. Ledo engano, como se diz popularmente, a Globo não dá ponto sem nó! Suas escolhas não são aleatórias, sempre há uma segunda ou terceira intenção. Entendemos a duras penas que estar presente não significa representatividade, muito pelo contrário, somos seres diversos, com culturas e valores diferentes, inclusive religiosos. O fato de sermos negros não significa que temos o mesmo entendimento ou defendemos as mesmas causas, somos seres individuais, esse é o x da questão. E quando se fala em Movimento Negro, a sociedade espera que pensemos da forma, porém, vamos divergir sempre, e deveria estar tudo bem, afinal, diversidade é isso.

    O Big Brother Brasil movimenta o país e as relações humanas, a prova disso é a mobilização causada por um card postado no Instagram do Correio Nagô no último dia 22 de fevereiro. Apenas um card, nenhuma informação, nenhuma opinião. Mas as interpretações foram diversas, e poucos entenderam que não se tratava de um posicionamento sobre a cantora Karol Conká, e sim de uma reflexão sobre o cancelamento. Muitos caíram na “armadilha”, reproduzindo o que vem acontecendo com esta edição do reality. Muitos juízes sem toga do lado de fora, sentindo-se autorizados a sentenciá-la e reproduzir a violência a qual tanto criticam. É necessário compreender o nosso papel de espectadores e permanecermos neste local. Uma agressão não deve justificar outra. E assim ruímos nossas relações com muita facilidade, quando elas precisariam ser fortalecidas.

    A lição que estamos tirando do BBB21, é que no jogo da vida real, a Globo continua ganhando. O reflexo disso é que as redes sociais estão tomadas por um único discurso, a urgência na saída dos participantes negros, pois eles não nos representam. Precisamos cuidar uns dos outros, somos nós por nós! Enquanto continuarmos apedrejando uns aos outros, permaneceremos estagnados, e daremos voz para o opressor, que verá mais uma oportunidade para nos desqualificar ou nos agredir.

    A Rede Globo, segunda maior rede de televisão comercial do mundo, assistida por mais de 200 milhões de pessoas diariamente, se mantém, ao longo dos seus 55 anos, com forte influência política e firme nos seus ideais. Não podemos esquecer da sua intensa participação do Golpe sofrido pela Ex-presidenta Dilma Rousseff, em 2016, bem como na prisão do Ex-presidente Lula, em 2018, além de outros momentos importantes da história do país, onde sua influência definiu grandes situações neste cenário.

    Consumimos o entretenimento ofertado pela grande mídia, porém pouco vemos o que os nossos estão produzindo. Quando o Instituto Mídia Étnica foi fundado, há 15 anos com o slogan Vamos Denegrir a Mídia, foi com o objetivo de ver caras pretas na televisão brasileira, e gradativamente isso foi acontecendo, temos um novo cenário na televisão aberta neste momento. E neste sentido, temos muito para comemorar, porém ainda precisamos ter sabedoria para identificar quando devemos simplesmente calar. O que vemos é o povo negro se posicionando nas redes sociais, para dar ainda mais ibope a grande mídia deste país.  

    O cenário em 2021 nos favorece em alguns aspectos, hoje podemos ter acesso a entretenimento idealizado e produzido por homens e mulheres negras. Temos plataformas de streaming, como a AFRO.TV, criada por Paulo Rogério Nunes, David A. Wilson e Fabien Anthony, e a Wolo TV, desenvolvida por Licínio Januário e  Leandro Lemos. É possível acessar também as produções do Instituto Mídia Étnica, como o AfroFeed, da TV Correio Nagô, que já está produzindo sua terceira temporada. Vamos prestigiar os nossos, dar voz aos nossos e compartilhar o que estamos construindo, para que as próximas gerações colham os bons frutos deixados por nós.

    Valéria Lima – Jornalista, Mestre em Estudos Étnicos e Africanos

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