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    Home»Blog»Classe»Jovens, mulheres, lésbicas. Por que não, negras?
    Classe

    Jovens, mulheres, lésbicas. Por que não, negras?

    Nilton LuzBy Nilton Luz30 de agosto de 20123 Comentários2 Mins Read
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    Não poderia comentar outro assunto em minha primeira postagem nesse espaço do Correio Nagô. O brutal assassinato de um casal de mulheres em Camaçari, no sábado 25 de agosto passado, é uma cruel demonstração de como estão entrelaçados os marcadores sociais das desigualdades. E, embora o crime não tenha evidência aparente de racismo, acredito que machismo e lesbofobia devem nos causar indignação suficiente.O duplo assassinato ocorreu às vésperas do dia da Visibilidade Lésbica, 29 de agosto, como uma demonstração do vigor da lesbofobia como tema a ser debatido em sociedade. Na mesma cidade, em junho passado – e às vésperas do Dia do Orgulho Gay (28 de junho) – um jovem foi assassinado por andar abraçado a outro homem, seu irmão.O assassinato anterior já demonstrava que a homofobia ultrapassa as fronteiras das identidades sexuais, atingindo também heterossexuais. O atual demonstra como as discriminações se articulam, ao invés de se somar, de uma forma que é difícil de saber se pesou mais as questões de gênero ou de sexualidade. Mais do que isso, se é correto que a lesbofobia reúne homofobia e machismo como conceitos diferentes e interligados, pergunto se vale a pena “medir” qual pesa mais, qual é pior – se essa mensuração é possível por algum critério. Mais importante é concluir que a associação entre raça, classe, gênero e sexualidade torna as violências sociais mais letais.

    Esse blog pretende refletir sobre as intersecções entre raça, classe, sexualidade e gênero – nem sempre nessa mesma ordem, nem sempre seguindo alguma ordem. Reconhecer as identidades, investigar os interstícios e provocar os símbolos associados. Meu objetivo é derrubar barreiras que impedem o movimento negro, por exemplo, de se indignar com um caso como esse. Sendo negro e gay, isso não me passa despercebido. Por isso mesmo, minha admiração pelas lésbicas negras. Um dos segmentos mais avançados do debate político, elas lideraram o movimento LGBT na produção de uma carta aberta pedindo a aprovação da lei que criminaliza a homofobia. Nessa carta, lê-se na primeira frase: “a Bahia se comoveu e se indignou com as notícias veiculadas nos jornais locais sobre o assassinato de um casal de jovens lésbicas negras no município de Camaçari”.

    Nos próximos artigos, vamos tentar enegrecer porque a lesbofobia, o machismo e o preconceito de classe não são identificados (e combatidos) pela comunidade negra.


    lesbofobia LGBT
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    Nilton Luz

    Residente em Salvador, 27 anos, militante do movimento negro e LGBT. Estudante de Economia da Universidade Federal da Bahia, foi Diretor de Combate ao Racismo do DCE da UFBA (Gestão 2007/2008). É atualmente Coordenador de Organização da Rede Nacional de Negras e Negros LGBT. Representa a entidade no Comitê LGBT da Bahia.

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    3 Comentários

    1. Mariella on 1 de setembro de 2012 21:04

      Palavras movidas pela consciência que só o amor traz. Vida longa à sua palavra Nilton!M.

    2. Marco de Oliveira on 3 de setembro de 2012 13:37

      Parabéns ao Correio Nagô por integrar um blog que discute questões LGBT. Sou ativista do Movimento Social de Negras e Negros a anos aqui no Paraná e uma de minhas queixas é justamente o silêncio em relação aos problemas enfrentados pela população negra LGBT. Da maneira como os problemas são abordados parece que a população negra é composta unicamente por pessoas heterossexuais e a violência que atinge lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais e transgêneros não é problema dos movimentos sociais de negras e negros. Nos últimos anos aqui em Curitiba 42 travestis foram assassinadas, das quais 35 eram negras e não houve nenhuma ação dos movimentos sociais de negras e negros no sentido de impedir esse genocídio.

    3. Nilton Luz on 21 de outubro de 2012 17:18

      Obrigado, Mariella. Marco de Oliveira, teremos um evento nacional em Salvador pra discutir esse tema. Favor nos ajude a divulgar: http://redeafrolgbt.blogspot.com.br/2012/10/galera.html.

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