“Afexurê” é um termo cunhado para o Xirê de Exu, a roda ou dança em círculo para o Orixá Exú. No entanto, desde o dia 10 de fevereiro de 2012, todas as sextas-feiras, às 20 horas, a palavra Afexurê, vem dando o tom da cultura afro-sergipana e brasileira na rádio estatal Aperipê FM 104, 9.
Diferenciado por enaltecer a cultura do povo negro no estado de Sergipe em suas variadas formas de expressão, o programa radiofônico também aborda questões como direitos humanos, religiosidade de matriz africana, além de salientar o debate de políticas públicas voltados para a sociedade negra e indígena.
Segundo a apresentadora Thaty Menezes, “o programa tem como objetivo despertar o interesse, instigar a discussão e contribuir para o desenvolvimento de uma visão multirracial, na tentativa de impulsionar mudanças significativas nos meios de comunicação”, afirma. 
Thaty Menezes ( Apresentadora do programa)
Com uma hora de duração, o programa vai ao ar com os seguintes quadros: história dos Orixás, agenda das celebrações abertas das casas de candomblé e umbanda do estado, biografia de personalidades negras que marcaram a história do Brasil e do mundo, além de literatura afro-brasileira
Democratização – A universalização dos conteúdos veiculados nos meios de comunicação de massa se faz necessário para que assim a população brasileira possa reconhecer as diferenças que dão corpo à formação social deste país considerado continental.
Para Lays Vanessa, ouvinte da emissora Aperipê e também praticante do candomblé, “o programa Afexurê é extremamente importante para a formação de consciência negra porque é um dos poucos, ou se não o único, que carrega a negritude”. A ouvinte continua: “com a ocupação dos espaços que foram retirados do nosso povo, é impossível não refletir que a democratização dos meios de comunicação de massa se torna fundamental para o povo negro”, finaliza.
O modelo de programa apresentado pela Rádio Aperipê no estado de Sergipe traduz a luta diária do movimento negro contra o racismo e inserção em espaços que antes só eram ocupados por brancos. Contudo, a negrada sergipana deve reivindicar que surjam outros Afexurê, seja nas rádios, tevês ou
