“Made in Bahia: Seu produto no mundo” é uma palestra que tem como objetivo ampliar os horizontes para que produtos baianos possam chegar mais longe. Será ministrada pelo administrador, especialista e mestre em relações internacionais, e instrutor de comércio exterior Antonio Carlos Ferreira. O evento ocorrerá na próxima terça-feira (04/07) às 18h, no Instituto Mídia Étnica (Rua Areal de Baixo, n°06, Dois de Julho) e será gratuito. O público alvo são os empreendedores, em especial os micro e pequenos e artesãos. O especialista conta que no Brasil as exportações são bastante concentradas. “Cerca de 65% do volume é composto por…
Autor: Correio Nagô
Desde muito nova minha mãe sempre me disse que por eu ser mulher e negra precisava estudar o dobro, trabalhar o dobro para chegar onde queria. Minha mãe sempre foi a minha maior incentivadora para que eu estudasse. Quando completei 8 anos pedi a ela para fazer um curso de inglês, enquanto minhas amiguinhas faziam dança, jazz, balé, eu pensava que com o inglês poderia chegar a muitos espaços, mas minha mãe não tinha dinheiro, e como não queria decepcionar meu sonho foi pedir uma bolsa num curso próximo a nossa casa e conseguiu e lá fui eu aprender um…
A Bahia registrou 15.751 casos de violência contra a mulher, desde o início deste ano até meados de maio. O “balanço” da Secretaria de Segurança Pública (SSP) do estado não inclui – por questões temporais – as mortes de Hellem Moreira, Zenilda Pinheiro dos Santos, Laise dos Santos Silva, Vanucia dos Santos, Jussara de Oliveira, Daniela Santos Melo e tantas outras mulheres brutalmente assassinadas nos últimos dias. “A gente está chamando a atenção da sociedade, pois todos precisarão se envolver porque a gente não aguenta mais enterrar mulher!”, desabafa a socióloga Vilma Reis durante coletiva de imprensa sobre aumento dos…
Por Karine Santana* Em uma civilização cuja constituição foi consagrada historicamente mediante exaltação ao homem, subalternizando a existência da mulher a partir do corpo deste e sob a alegação de que os infortúnios vividos pela humanidade se manifestam pelo consumo da fruta proibida induzido pela mulher, tem-se aí a legitimação do adoecimento masculino. Ao se professar tal constituição de forma a catequizar e impor uma lógica social de privilégios demarca-se a legalização do machismo. Quando um indivíduo é projetado para não poder chorar, não sentir dor ou demonstrá-la, não verbalizar seus sentimentos, quando precisa apresentar publicamente, em números, a expressão…
Por Diosmar Filho Hoje eu estive com Tia Anastácia Ela me disse que está muito revoltada Porque o Sítio do Pica pau Amarelo está tirando ela como otária Ela faz os bolinhos e Dona Benta recebe a medalha Farinha de trigo tem que ser Tia Anastácia Giovani Sobrevivente1 Os diálogos que temos desde 2015, refletem sobre movimentos no espaço e tempo da vivencia em diferentes lugares, territórios e regiões, onde se desenrolam a primada invisibilidade do Estado racista. Essa invisibilidade tem se tornado visibilidade, não porque a sociedade e o Estado caminham nessa direção, mais porque Corpos Negros assumem…
Por A.C. Ferreira Segundo Milton Santos (2000) o apogeu da internacionalização do mundo capitalista se dá com a globalização. Com o avanço das tecnologias de informação, sobretudo a internet, a globalização se intensifica e as empresas constroem marcas globais e conquistam mais mercados (CHLEBA, 1999). Esse mercado global repleto de empresas com sucursais ao redor do mundo, oferece oportunidades de emprego que exigem o domínio de idiomas. Visando a preparação para usufruir dessas oportunidades, compartilho opinião sobre estudo de idiomas, com base na minha experiência pessoal de estudo e ensino de línguas estrangeiras. Qual escola? Estudei inglês em uma escola…
Sou Alan Costa Bispo, 27 anos, bixa preta natural de Santo Antônio de Jesus – BA, formado em Letras Vernáculas pela UNEB e idealizador do Coletivo Afrobapho. Esse é o meu primeiro texto como colunista do Correio Nagô. Sinto-me completamente honrado e feliz com o convite, principalmente por ser uma possibilidade de compartilhar minhas ideias e opiniões sobre as demandas do universo LGBT negro. A coluna “Afrochegue-se” será um espaço de discussão sobre vivências, experiências e enfrentamentos, numa perspectiva interseccional entre raça e sexualidade. Afinal, uma bixa preta tem que saber resistir e sobreviver entre os rojões de racismo na…
Mahin manhã Ouve-se nos cantos a conspiração vozes baixas sussurram frases precisas escorre nos becos a lâmina das adagas Multidão tropeça nas pedras Revolta há revoada de pássaros sussurro, sussurro: “é amanhã, é amanhã. Mahin falou, é amanha” A cidade toda se prepara Malês Bantus geges nagôs (Cadernos Negros, Miriam Alves, 1998, p. 104) Por Cristian Sales Rebelião, insurreição…
A nossa luta contra o racismo é armada. No entanto, a nossa munição é o conhecimento e a informação. Nosso gatilho é a palavra, e a arma que utilizamos é este portal. E para se juntar ao nosso tanque de guerra estão vindo 14 novos Colunistas Nagôs. Nesta terça (20) haverá uma edição especial do Roda Nagô que tem como tema “A informação como munição contra o racismo”. O bate papo terá início às 18h no Instituto Mídia Étnica (Rua Areal de Baixo, n°6, Dois de Julho). No evento será discutido o tema central, e os novos Colunistas Nagôs e…
É normal assistirmos a diversos jogadores negros atuando pelos campos Brasil afora. O maior jogador de todos da história, Edson Arantes do Nascimento, é negro – por mais que não goste de tocar muito no assunto. Houveram, antes e depois de Pelé, outros exemplos de negros que encantaram torcidas enquanto estiveram dentro do campo: o primeiro na história da seleção brasileira, Arthur Friederich, foi responsável pelo gol do primeiro título canarinho e o maior do país enquanto o esporte ainda era amador. Nomes como Romário, Ronaldinho Gaúcho e Neymar, símbolo da atual geração merecem ser lembrados. Aqui na Bahia, como…