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    Home»Blog»Black Power como forma de ativismo
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    Black Power como forma de ativismo

    Correio NagôBy Correio Nagô17 de novembro de 2015Updated:17 de novembro de 2015Nenhum comentário3 Mins Read
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    Angela Davis, militando pelo grupo Panteras Negras, nos Estados Unidos.
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    Mulheres observam o uso do cabelo black power como uma manifestação contra o racismo

    Angela Davis, militando pelo grupo Panteras Negras, nos Estados Unidos.
    Angela Davis, militando pelo grupo Panteras Negras, nos Estados Unidos.

    Intelectual e à frente do Ministério da Cidadania, Nilma Lino observa os fios crespos como um elemento simbólico da construção da identidade negra. “O cabelo do negro, visto como “ruim”, é expressão do racismo e da desigualdade racial que recai sobre esse sujeito. Ver o cabelo do negro como “ruim” e do branco como “bom” expressa um conflito. Por isso, mudar o cabelo pode significar a tentativa do negro de sair do lugar da inferioridade ou a introjeção deste. Pode ainda representar um sentimento de autonomia, expresso nas formas ousadas e criativas de usar o cabelo”, pontua.

    De acordo com Nilma Lino, a textura do cabelo é uma das características fundamentais de determinação se uma pessoa pode sofrer mais racismo ou não. Em março deste ano, o vídeo da menina Carolina Monteiro, 8 anos, viralizou na internet, após ela se manifestar politicamente a favor do uso do cabelo natural. Depois de escutar que cabelo dela era “duro” e que se ela não queria dar “chapinha”, Carolina rebateu o discurso da colega como uma especialista no assunto racial. “Duro é ter que aguentar pessoas ignorantes falando que meu cabelo é duro. Isso que é duro. Eu quero meu cabelo assim, para cima, volumoso. Eu acho muito bonito meu cabelo assim”, disse.

    A visão de Carolina Monteiro não é igual entre todas as garotas. A educadora Maíra Froés, que usa um black power e conta que já perdeu uma vaga de emprego por esse motivo, diz que muitas alunas afirmam, para ela, que gostariam de ter a “coragem” de adotar o fio natural. Para a professora, essa questão da negação do crespo está associada ao racismo existente no Brasil. Ela pontua que esses preconceitos devem ser combatidos. “Eu não consegui conquistar uma vaga como professora por assumir a minha identidade. Eu era uma forte concorrente, mas, na etapa final, o entrevistador nem olhou para os meus olhos. Ele só enxergava o meu cabelo. Fui reprovada”, desabafa.

    É cada vez maior o número de blogs, sites e comunidades das redes sociais que discutem e valorizam o uso do cabelo black. Segundo a pesquisadora Maísa Boa Morte, que faz Mestrado na Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS), sobre a construção discursiva a respeito do cabelo crespo, há dois tipos de comportamento que devem ser destacados quando se observa o posicionamento de certas mulheres e a relação com os fios.  A mestranda afirma que ainda há um grupo que usa o black power por modismo, mas destaca dizendo que há uma representação significativa de pessoas que adotam o cabelo crespo não por uma visão estética, mas, sim, como uma demarcação política. “Esse último grupo mencionado adota o crespo como forma de valorização racial”, diz. Maísa Boa Morte comenta que as pessoas não entendem quando ela expõe a temática da sua pesquisa. “Há pessoas que não compreendem que o cabelo é carregado de significações e posicionamento. Há uma construção ideológica por trás dos cabelos”, destaca.

    Texto: Taciana Gacelin, para o Correio Nagô

    Foto: Reprodução

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