Se você é um afroempreendedor ou uma afroempreendedora e sabe que seu negócio tem potencial e pode melhorar, essa notícia é pra você. O Instituto Mídia Étnica (IME) lançou o edital UJAMAA ACELERANDO EMPREENDIMENTOS.
O UJAMAA, é um coworking, ou seja, um espaço compartilhado do IME que visa atender aos empreendedores que precisam de um escritório, mas ainda não o tem. Quem precisa de um escritório com ótimo custo benefício, pode consultar condições por meio do e-mail: institutomidiaetnica@gmail.com
Como parte das ações que vão além de oferecer um local para trabalhar, o UJAMAA ofertará, gratuitamente, por meio deste edital, uma consultoria básica para os afroempreendedores. Serão selecionados quatro empreendimentos soteropolitanos.
O objetivo é contribuir com consultorias especializadas para superar desafios identificados em cada negócio. Será oferecido também um vídeo institucional do negócio, com duração de 03 minutos. As inscrições devem ser feitas até 20 deste mês pelo formulário: https://goo.gl/ckWkAN
A coordenadora do UJAMAA Jaguaraci Aragão diz que desde o surgimento do UJAMAA o objetivo sempre foi facilitar a vida dos afroempreendedores. “Essa nova fase do UJAMAA – agora acelerando os empreendimentos – visa oferecer subsídios para que estes se desenvolvam de forma mas estratégica, estruturada e organizada”.
Os afroempreendedores enfrentam maiores dificuldades no ramo dos negócios, apesar de serem maioria, representando 51% dos empreendedores brasileiros. Os negros têm o crédito produtivo negado 3 vezes mais do que pessoas brancas, de acordo com Eugene Cornelius Junior, chefe do escritório de comércio internacional da SBA (Small Business Administration).
O economista Marcelo Paixão, em parceria com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), desenvolveu uma pesquisa acerca dos desafios para a inclusão financeira no Brasil. Concluíram, dentre outras questões, que a taxa de juros paga por microempreendedores afrodescendentes é maior e que o valor de crédito concedido é bem mais alto para brancos que para afrodescendentes.
Nesse sentido, Jaguaraci aponta que no meio de tantos contras, o ACELERANDO EMPREENDIMENTOS busca ser um ponto a favor. “A gente vai identificar os pontos fracos desde o mais simples até o mais complexo e vai buscar resolvê-los através de consultorias comunicacionais, contábil financeira, administrativa e o que vier a surgir”, afirma a coordenadora. Ela ainda aponta para a necessidade de que os afroempreendedores possam se dedicar plenamente ao seu negócio e se sustentem com esse ofício. “Às vezes o que falta é uma base organizacional para tocar o negócio. Com toda a competitividade e concorrência, nós temos que estar sempre com um pé na frente, e a ideia é essa, apontar caminhos a serem seguidos posteriormente”.
Joyce Melo é repórter do Portal Correio Nagô.
