Na amanhã da última terça-feira (08), o jovem Cristian Soares Andrade, de 12 anos, foi morto durante uma incursão policial na comunidade de Manguinhos, na zona norte do Rio. Segundo moradores da localidade, o garoto foi atingido com um tiro de fuzil pela polícia. Que, em contrapartida, alega não ser possível identificar de onde partiu o disparo já que houve troca de tiros entre policiais e traficantes. As armas usadas pelos policiais foram identificadas e apreendidas para análise.
Ainda de acordo com a polícia, Cristian possuía quatro passagens por roubo e furto. No entanto, a população indignada protestou contra a ação policial e explicou que Cristian era um menino estudioso, participava de projetos sociais, e no momento dos disparos, jogava bola em uma quadra próximo local. Quando iniciaram os disparos, ao tentar ajudar uma mulher que se protegia da ação, foi baleado e morto.
A operação foi uma ação em conjunto entre a Coordenadoria de Operações Especiais (Core) da Policia Civil e Divisão de Homicídios, apoiadas pela Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) de Manguinhos. Os agentes procuravam quatro suspeitos de assassinar um policial militar, em abril, próximo à comunidade, na Ilha do Governador.
No final da tarde desta quinta-feira (10), a Campanha Favela Sempre, movimento da sociedade civil que reúne moradores de comunidades da Baixada Fluminense e dos subúrbios da Zona Oeste do Rio de Janeiro, organizam uma manifestação em solidariedade à família de Cristian e contra o genocídio do povo negro, na Estação Central do Brasil, no centro da cidade, às 17h.
Da Redação do Correio Nagô com informações do G1
