Correio Nagô
    Mais editoriais
    • Revista
    • Manchete
    • Politica
    • Raça
    • Internacional
    • Economia
    • Tecnologia
    • Esporte
    Facebook Twitter Instagram YouTube
    • IME
    • Quem Somos
    • Anuncie
    • Apoie
    Facebook Twitter Instagram
    Correio NagôCorreio Nagô
    Novembro Negro 2022
    • Cultura
    • Direitos Humanos
    • Colunistas Nagô
    • Narrativas Negras
    • TV Correio Nagô
    Correio Nagô
    Home»Revista»Era do rádio íntima – Correio Nagô
    Revista

    Era do rádio íntima – Correio Nagô

    adminBy admin8 de novembro de 2012Nenhum comentário2 Mins Read
    Facebook Twitter Pinterest LinkedIn Tumblr WhatsApp VKontakte Email
    Share
    Facebook Twitter LinkedIn Pinterest Email

    A minha era do rádio durou da infância aos primeiros anos da juventude, já em São Paulo. Em Belo Horizonte duas estações me formaram, Inconfidência FM, a Brasileiríssima e Alvorada FM. Ali apurei o ouvido e o gosto musical. Ali conheci samba de primeira linha, Jazz, música erudita e Chorinho, a música dos deuses.

    Nas estações de rádio AM, preferidas da minha mãe, também ouvia música boa, Clara Nunes, Elizeth, Nelson Gonçalves, Altemar Dutra, Angela Maria, Jamelão, Agepê, Martinho da Vila, Beth Carvalho, a queridíssima Alcione, Roberto Ribeiro e um pouquinho ainda do Trio Esperança e do Trio Mocotó. Ouvia muita valsa e bolero. E minha mãe cantava tudo o que gostava, com voz bonita e afinada.

    Tinha também os impagáveis programas policiais da Glória Lopes, que iam dos tenebrosos crimes do esquadrão da morte, atuante nas periferias da cidade, aos casos hilários dos bêbados e maridos infiéis perseguidos pela Loira do Bonfim, fantasma residente em  cemitério da cidade.

    Belo Horizonte, Velhorizonte, Belzebuzonte, horizonte para todo gosto, pródiga em conservar o velho e fossilizar o novo. Ainda hoje, quando ligo o rádio nos dezembros chuvosos que passo por lá, sintonizo as estações do passado e encontro os mesmos programas e os mesmos radialistas há 30 anos. Só mudam quando morrem e não duvidarei do dia em que fizerem programas psicografados.

    A crônica esportiva é uma fábula. Não pensem vocês do Rio e de São Paulo, que Alexandre Kallil, presidente do Atlético Mineiro, seja peça rara. Não é não! Aquele bairrismo arraigado e atroz, o fanatismo, tudo isso abunda no rádio mineiro, como de resto, na cidade. Contam que nos anos 50 ou 60 havia um juiz de futebol, torcedor doente do Galo, que quando a bola saía de campo, chutada por um adversário, apitava, virava-se para o jogador alvinegro mais próximo e ordenava: “vamo meu filho, bola nossa, bola nossa, bate logo o lateral.” Disse um cronista famoso, também no rádio, que atleticano torce até contra o vento, se a camisa do Galo estiver secando no varal.

    O comentarista esportivo moderno, isento, é figura novíssima e escassa no rádio mineiro.

    Share. Facebook Twitter Pinterest LinkedIn Tumblr WhatsApp Email
    Previous ArticleNós podemos? – Correio Nagô
    Next Article Colonizada por alemães, cidade gaúcha elege a única prefeita negra do Estado
    admin

    Related Posts

    Futurismos Ladino Amefricanas lança revista online como recurso-memória em mensagem ao futuro do Brasil

    23 de março de 2021

    REVISTA LAROYÊ

    25 de fevereiro de 2021

    Fotógrafo baiano busca ajuda para preservar importante acervo da memória negra

    9 de novembro de 2018

    Incêndio destrói Terreiro de Candomblé, em Brasília

    27 de novembro de 2015

    Comments are closed.

    Sobre
    Sobre

    Uma das maiores plataformas de conteúdo sobre a comunidade negra brasileira do Brasil, possuindo correspondentes em diversos estados do Brasil e do mundo.

    O Portal Correio Nagô é um veículo de comunicação do Instituto Mídia Étnica

    Editoriais
    • Cultura
    • Direitos Humanos
    • Colunistas Nagô
    • Narrativas Negras
    • TV Correio Nagô
    Facebook Twitter Instagram YouTube
    • IME
    • Quem Somos
    • Anuncie
    • Apoie
    © 2025 Desenvolvido por Sotero Tech.

    Type above and press Enter to search. Press Esc to cancel.