17/05/2018 | às 19h
Nesta quarta-feira (16), a escritora Cristiane Sobral sofreu uma tentativa de estupro dentro de um ônibus que seguia do Núcleo Bandeirante para o Plano Piloto, no Distrito Federal.
“Pessoas queridas. Socorro. Estou péssima. Um homem estava se masturbando ao meu lado, quando vi gritei e pedi apoio no ônibus. Fui a delegacia da mulher, tratada como lixo, eu, o corpo agredido. Cheguei em casa exausta e muito triste. Fui atacada e ameaçada dentro de um transporte publico. Com testemunhas. Agradeço aos três rapazes que me ajudaram. Dois ficaram até o momento do depoimento. O agressor deve ser solto ainda nessa madrugada e eu estou aqui com essa dor. Amanhã sairá reportagem no Bom dia DF e DF TV. Estava na delegacia da mulher, agredida e o homem agressor sairá impune. Ele tem deficiência intelectual e carteira especial. Não paga ônibus. Disse que sabia da impunidade e que logo estaria solto fazendo a mesma coisa. Responder em liberdade e amanhã pegar o mesmo ônibus e novamente agredir alguém. Estamos por nossa própria conta . Estou recebendo muitas mensagens mas não estou conseguindo responder”, postou Cristiane no Facebook.
Hoje (17), a escritora – que também é ativista pelo direitos da população negra – voltou a desabafar na rede social, relatando que esta não é a primeira que vez foi vítima desse tipo de crime:
“Em menos de 5 meses sofri uma tentativa de estupro, fracassado porque nem sei como, tive força para bater no agressor, que teve sua iniciativa criminosa fracassada. Dei queixa, no mesmo dia ele tentou estuprar outra mulher, uma senhora com mais de 70 anos, dessa vez foi preso em flagrante. Não me omiti, fui a delegacia, fiz o reconhecimento por foto e na sala especial. Confesso que essa etapa foi até pior porque quando olhei pra ele de novo o medo chegou, o choro, coisa que não havia acontecido no dia. Ele está preso e aguarda o julgamento pelos dois crimes”.
Em 2015, o Brasil registrou 1 estupro a cada 11 minutos, conforme Dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública
A Central de Atendimento à Mulher, mais conhecida como Ligue 180, registrou, em 2016, mais de 57 mil atendimentos relacionados à estupro.
Da Redação do Correio Nagô.
