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    Homens negros e as relações com as mulheres negras

    Correio NagôBy Correio Nagô4 de junho de 2016Nenhum comentário3 Mins Read
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    Casais de homens e mulheres negras, geralmente, combatem o racismo juntos, mas, nem sempre, os homens negros colaboram para a igualdade de gênero e a equidade entre as mulheres brancas e as mulheres negras. A atriz Elisa de Sena publicou, anteontem, 01, no site Blogueiras Negras, uma “carta de uma mulher negra aos homens”. No texto, ela diz que o homem que mantém uma relação com uma negra deve entender que é dele também a responsabilidade de combater o machismo. “Você [homem] vai precisar entender o que é estar ao lado de uma mulher negra, você vai precisar eliminar o seu machismo e compreender que não é melhor do que ela pelo fato de ser homem”, pontua Elisa.

    A mestranda em Estudos Linguísticos Maísa Boa Morte vivenciou em casa, nas relações familiares, a diferença de tratamento de um homem negro para com uma branca e para com uma negra. Maísa nota que os homens negros protegem as mulheres brancas quando se relacionam com elas. A comunicóloga conta que um tio seu, quando namorava uma negra, esperava que ela trabalhasse, demonstrasse esforço, mas, com uma branca, o tio queria que ela ficasse “descansando” em casa. “O homem negro, quando está com uma mulher negra, quer que a sua companheira seja mais ativa, estude muito, trabalhe duro. Ele cobra mais da mulher, porque, nesse caso, espera que ela lhe dê algum tipo de retorno [status]. Na relação com mulheres brancas, as coisas são diferentes”, frisa a pesquisadora.

    A educadora Maíra Fróes, que já se relacionou com homens negros e, hoje, namora um branco, afirma que o homem deve lutar para o fim do machismo. “Toda a sociedade sofre com o machismo”, declara. A professora diz que observa colegas de trabalho tendo atitudes que desvalorizam as suas companheiras, como é o caso de, segundo ela, muitos adotarem a postura de hipersexualizar as mulheres negras com quem são casados. O farmacêutico Israel Pacheco, que é negro, declara que alguns dos seus amigos negros preferem as mulheres brancas ou, se for uma mulher negra, tem que ter uma condição social privilegiada. “Há casos em que os sujeitos acreditam que possuem mais sucesso ao lado de uma mulher branca, com uma vida aparentemente melhor”, revela.

    Maíra Fróes diz que, antigamente, o seu namorado não conseguia entender as indagações e certas colocações dela como mulher negra. “É muito difícil para um branco compreender coisas pelas quais ele nunca passou. Mas, hoje, ele está no enfrentamento junto comigo”, diz. Entretanto, segundo a professora, nem sempre, o homem negro, mesmo politizado, que conhece os problemas enfrentados pela mulher negra, consegue deixar de ser machista e passa a colaborar no empoderamento feminino. “Há homens que, no discurso, conseguem convencer, mas, na prática, continuam depreciando as mulheres”, destaca a educadora. De acordo com Maísa Boa Morte, os homens precisam ser parceiros no confronto a cultura que menospreza as mulheres. “A mudança na estrutura machista da sociedade não seria boa somente para a relação entre os casais, mas para a própria conjuntura social”, frisa Maísa.

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

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