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    Merê: o legado daquelas que vieram antes de nós

    Paulo RogerioBy Paulo Rogerio4 de dezembro de 2017Updated:4 de dezembro de 2017Nenhum comentário3 Mins Read
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    04/12/2017 I às 16h57

    Merê é mulher: é a gente que gere o mundo. “Eu não poderia começar sem ser pelo feminino, pela mulher”, conta a cineasta Urânia Munzanzu, responsável por trazer à telona “Merê”,  um filme que retrata as mulheres da tradição Jeje Mahi na Bahia em uma jornada em Benin, na África. O documentário é a re-união desses povos e faz uma ponte entre África e Bahia.

    Urânia explica que o filme MERÊ traz perspectivas de uma África feminina, narrativas negras, correndo feito rio caudaloso do recôncavo da Bahia ao Benim.

    Segundo Urânia, tudo começou no Pelourinho, onde nasceu e se criou. Começou quando percebeu que a tradição que se envolvia corria risco de extinção. As mulheres dessa tradição eram silenciadas, só os homens falavam, mas o legado era delas. “Me incomodava saber que as famílias de Jeje Mahi estavam separadas. Eu queria levá-las à África, dar esse presente à elas”, relata ela.

    Com uma equipe resumida em 16 pessoas, incluindo equipe técnica e convidados, Merê conseguiu ser realizado e foi definido pela idealizadora, Urânia, como um ato de loucura. O filme se mostra sensível e traz para o espectador o sentimento de identificação que foi possível ver de forma mais intensa no momento em que ele é finalizado, quando o público presente na Sala Walter da Silveira começou a vibrar junto com a trilha sonora, cantando e batendo palmas.

    Ao final da sessão, o público bateu um papo com Urânia para conversar mais sobre o filme. Ela contou que tem planos de transformar Merê em um longa-metragem e promete voltar aos trabalhos em janeiro de 2018. Segundo ela, esse próximo trabalho tem o objetivo de trazer também os homens para falar, buscando entender este silenciamento. Quando questionada sobre ser uma mulher negra produzindo audiovisual, ela não mediu esforços ao dizer: “Estamos reclamando nosso direito a multiexistência. Não me parece estranho eu estar fazendo cinema. A sociedade perde muito em não ouvir nossas narrativas”, disse.

    Durante todo o momento a produtora agradeceu às “muitas mãos” que estiveram trabalhando e acreditando no projeto. “Esse trabalho existe por causa da ancestralidade de fé”, agradece. Muito foi falado também sobre a atitude dela em unir as religiosas da Bahia e, claro, houveram muitos questionamentos sobre como ela conseguiu essa união, visto que eram grupos que estavam brigados há muito tempo. “Percebi que somos uma família, olhamos para o mesmo horizonte. A partir disso, fui conversando, ocupando e tomando os espaços com muita delicadeza”, diz Urânia. Segundo ela, o sentimento ao chegar em Benin foi de que estavam voltando para casa.

     

    Ashley Malia é repórter do Portal do Correio Nagô

    Com a supervisão da jornalista Donminique Azevedo

    candomble Merê
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