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    Movimentos sociais cobram aprovação do Estatuto da Igualdade Racial

    Paulo RogerioBy Paulo Rogerio28 de maio de 2019Updated:28 de maio de 2019Nenhum comentário7 Mins Read
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    Na próxima quarta-feira, dia 29 de maio, às 14h, o Estatuto da Igualdade Racial do Município irá a votação no plenário da Câmara Municipal de Salvador. O projeto foi protocolado há dez anos pela então vereadora Olívia Santana e, somente agora, volta à ordem do dia das votações desta casa legislativa.

    O debate em torno do novo texto foi feito em oito audiências públicas puxadas pelo vereador e relator do projeto, Silvio Humberto (PSB). De acordo com os movimentos em defesa da aprovação do Estatuto, nenhuma das audiências públicas contou com a participação dos vereadores críticos e opositores do projeto. Ainda segunda as organizações, os vereadores opositores ao Estatuto, mesmo sem se dedicar ao debate, têm dirigido ataques ao texto da lei.

    Diante dessa conjuntura, o movimento social negro constituiu a Frente em Defesa do Estatuto da Igualdade Racial do Município de Salvador. A Frente conta com a assinatura de mais de 80 entidades, movimentos sociais de diversas pautas onde o racismo se faz presente, como política de drogas, moradia, acesso à justiça, racismo ambiental, juventude, além de diversos parlamentares, entre eles as vereadoras Marta Rodrigues (PT) e Aladilce Souza (PCdoB) e a deputada estadual Olívia Santana (PCdoB). O movimento ocupará o plenário da Câmara dos Vereadores durante a votação, visando garantir a aprovação do estatuto.

     

    “Reparação, retratação, igualdade racial e equidade precisam ser premissas de um Estado comprometido com seu povo. Para assegurar o combate às iniquidades, sobretudo as que interseccionam raça, gênero e classe, e que constroem distância social no Brasil entre negros, indígenas e brancos é necessário vontade política, compromisso com a história e com a justiça devida à população negra deste país”, afirma a antropóloga Naira Gomes, integrante da Frente em Defesa do Estatuto e da Marcha do Empoderamento Crespo.

    “O estatuto está falando de 83% da população de Salvador, esta que não possui oportunidade e – muitas vezes – nem dignidade para viver na cidade considerada a mais desigual socialmente pelo IBGE. Esse projeto vem para reparar essa dívida que a gestão municipal possui com os negros e negras soteropolitanos/as”, ressalta Sílvio Humberto.

    O vereador Marcos Mendes (PSol) afirma que “na cidade mais negra fora da África, capital do Estado mais preto do país, o Estatuto da Igualdade Racial tem que ser aprovado na íntegra, sem interferências do pensamento conservador e dogmático da branquitude reacionária”.

    A Frente convoca: “Traga seu corpo, sua voz, sua alma. Traga seu quilombo, seu coletivo, sua instituição! Quarta-feira, dia 29, temos uma batalha contra o racismo, o machismo, o ódio religioso, a LGBTfobia e pela garantia das existências e a inviolabilidades das nossas vidas, dos nossos corpos, direitos, consciências e subjetividades!”

    Da Redação do Correio Nagô, publicado em 28/05/2019  

    Confira a Carta Manifesto da Frente em Defesa do Estatuto da Igualdade Racial, assinada por mais de 80 organizações sociais e lideranças políticas

     

    Salvador, 07 de Maio de 2019

     

    Carta Manifesto da Frente em Defesa do Estatuto da Igualdade Racial

     

    Processos históricos e ideológicos como a escravidão, a colonização, o branqueamento e o mito da democracia racial, forjaram padrões, subalternidades e exclusão contra a população negra no Brasil.

    Segundo dados do IBGE de 2017, a cidade de Salvador tem sua população composta por aproximadamente 82% de negros (pretos e pardos) e por apenas 17% de pessoas autodeclaradas brancos. Ainda segundo este mesmo levantamento, o IBGE aponta a cidade de Salvador como a capital da desigualdade. Dados alarmantes como a diferença de cerca de 67,8% entre os salários de pretos e brancos indicam como o racismo condiciona a vida da população negra nesta cidade.

    Reparação, retratação, igualdade racial e equidade precisam ser premissas de um Estado comprometido com seu povo. Para assegurar o combate as iniquidades, sobretudo as que interseccionam raça, gênero e classe, e que constroem distância social no Brasil entre negros, indígenas e brancos é necessário vontade política, compromisso com a história e com a justiça devida à população negra deste país.

    Direito à dignidade da pessoa humana, direito à vida, direito à liberdade de culto e outros aspectos básicos contidos na Constituição Brasileira necessitam de instrumentos garantidores, mecanismos que transformem princípios ideais em concretudes na vida dos indivíduos marcados pela exclusão. O Estatuto da Igualdade Racial do Município de Salvador é uma das ferramentas fundamentais para promoção da justiça e da equidade social.

    A Frente em Defesa do Estatuto da Igualdade Racial de Salvador é composta por corpos em luta, vontades sinceras e entendimentos engajados; se coloca para exigir a discussão e votação desta lei; converge as experiências concretas de militantes do Movimento Negro e pessoas comprometidas com o enfrentamento das ofensivas de um projeto político excludentes e genocida.

    Não nos eximiremos, combateremos o racismo, o machismo, o ódio religioso, a LGBTfobia e garantiremos a existência e a inviolabilidade dos nossos corpos, direitos, consciências e subjetividades!

    1. Vereador Silvio Humberto (PSB)
    2. Vereadora Marta Rodrigues (PT)
    3. Vereador Moisés Rocha (PT)
    4. Vereador Suíca (PT)
    5. Vereador Marcos Mendes (PSol)
    6. Deputada Estadual Olívia Santana (PCdoB)
    7. Marcha do Empoderamento Crespo
    8. Frente Makota Valdina
    9. Unegro
    10. Mahin – Organização de Mulheres Negras
    11. Candaces – Mulheres Negras e Jovens
    12. Iniciativa Negra por uma Nova Política de Drogas
    13. Ilê Axé Torrum Gunan
    14. Rede de Mulheres de Terreiro
    15. Conselho Pastoral de Pescadores
    16. Instituto Búzios
    17. Coletivo Luiza Bairros
    18. Lista Negra
    19. Instituto Ceafro – Iceafro
    20. Rede Nacional de Feminista Antiproibicionista
    21. ABPN – Associação Brasileira de Pesquisadores Negros
    22. Coletivo Negras – UFRB
    23. Coletivo Angela Davis – UFRB
    24. Grupo de Pesquisa Firminas Pós Colonialidade
    25. Fórum Marielles
    26. Campanha Brasil sem Racismo
    27. Escolinha Maria Felipa
    28. Campanha Parem de nos Matar
    29. Campanha Fazer Valer as Leis 10.639 e 11.645
    30. Capacidade Evolutiva
    31. Afoxé Filhos do Congo
    32. Escolinha Maria Felipa
    33. Movimento de Libertação da Mulher (Nordeste de Amaralina)
    34. Rede de Sapatá
    35. APAN Associação de Profissional do Audiovisual Negro
    36. Conselho Pastoral dos Pescadores – CPP
    37. Rede Afro LGBT
    38. Rede Nacional de Negras e Negros LGTQ
    39. LECADIA – Laboratório de Estudos conexões Atlânticas e diáspora africana
    40. COGITARE: Pesquisas sobre Corpo, gênero, representações e praticas de cuidado.
    41. Coletivo De Trans pra Frente
    42. Coordenação de Políticas Afirmativas da UEFS – Propae
    43. Grupo de Estudos Negros do Ifbaiano Santa Inês
    44. UnaLgbt
    45. Coletivo LESBIBAHIA
    46. Mães do Arco-íris
    47. Núcleo de Desenvolvimento Social e Cultura da Bahia – NUDESC
    48. Transbatukada
    49. Rede Trans Brasil
    50. Associação de Remanescente de Quilombos e Povos Tradicionais de Entre Rios e Adjacências
    51. Articulação de Lésbicas Brasileiras
    52. União da Juventude Socialista
    53. União Brasileira de Mulheres
    54. União de Estudantes da Bahia
    55. Círculo Palmarino
    56. Instituto Cultural Caras e Bocas
    57. Coletivo Luiza Bairros
    58. Rede de Mulheres Negras da Bahia
    59. Coletivo de Mulheres Negras Abayomi
    60. Associação Cultural Aspiral do Reggae
    61. Associação Cultural de Hip Hop Nova Saga
    62. Conen – Coordenação Nacional de Entidades Negras
    63. Conselho Municipal de Comunicação Negras de Salvador – CMCN
    64. Frente Nacional de Negros e Negras – FNN
    65. Programa Direito e Relações Raciais – PDRR
    66. Projeto Mende
    67. Instituto Malê de Acesso à Justiça – IMAJ
    68. Frente Negra da UFBA – FENUFBA
    69. Comitê Contra as Fraudes nas Cotas Raciais – UFB
    70. Mostra Mohhamed Bamba
    71. CineQuebradas
    72. Mobilidade de Mulheres Negras na Cidade
    73. Entreminas
    74. Terreiro de Angola Xaomim
    75. Associação de Moradores de Teotônio Vilela
    76. Associação de Surdos de Ilhéus
    77. União de Brasileira de Mulheres – Ilhéus
    78. Casa Viva
    79. União de Brasileira de Mulheres – Ilhéus
    80. Casa ViVA
    81. IPCDH Instituto Popular Cárcere e Direitos Humanos José Pereira Conceição Júnior
    82. Associação de Moradores do Nordeste de Amaralina
    83. Cine Maloca
    84. Foserena – Fórum de entidades do Nordeste de Amaralina
    85. Coletivo de Entidades Negras- CEN
    câmara municipal de salvador Estatuto da Igualdade Racial Leis contra o Racismo Promoção da Igualdade Racial
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