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    Na Venezuela, alguns negócios prosperam apesar da crise

    Paulo RogerioBy Paulo Rogerio23 de agosto de 2018Nenhum comentário4 Mins Read
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    23/08/2018 | às 15h26

    Por AC Ferreira*

    Nos últimos cinco anos, a República Bolivariana da Venezuela vem passando por uma crisemarcada pela instabilidade política, recessão econômica com hiperinflação, desemprego, aumento da violência e escassez de produtos básicos. Uma das consequências dessa situação crítica é oaumento da emigração de venezuelanos, especialmente para países vizinhos, tais como Brasil, Colômbia e Equador. Em meio a tudo isso, alguns dos cidadãos que permaneceram no país estão conseguindo empreender com sucesso, em meio ao caos.

    Produto da Nedraki feito de material reciclado

    A engenheira eletricista Mariangela Valladares, Gerente de Aceleração da Wayra, a aceleradora de startups da Telefónica, em  seu artigo publicado no BlogThinkBig, o blog de inovação da empresa de telefonia espanhola, explica que a demanda por consumo na Venezuela diminuiu e que o desafio do empreendedor é agregar valor aos seus produtos, já que o cliente se tornou ainda mais exigente, não faz compras compulsivas e busca experimentar antes o que está adquirindo.

    Segundo a Gerente de Aceleração, tem havido procura por produtos artesanais e orgânicos, em substituição às grandes marcas hoje escassas, isto porque boa parte destas marcas é importada e o país não tem mostrado condições financeiras de pagar pelas importações. A emigração de jovens também criou oportunidade para serviços voltados para auxiliar idosos, agora solitários.

    Em Caracas, capital do país, dois jovens engenheiros estão ganhando dinheiro inspirados por uma máxima apregoada em tempos difíceis que diz que, “na crise, enquanto alguns choram, outros vendem lenços”. Eles estão coletando lixo eletrônico, especialmente plástico, e transformando em peças para carros com auxílio de uma impressora 3D. As peças, que antes eram importadas e caras, estavam ainda mais difíceis de obter em razão das restrições de importação de bens que não fossem de primeira necessidade.

    A empresa deles, a Nedraki, agora fornece, para mais de uma dezena de empresas, componentes a preços mais baixos em razão da eliminação de custos com importação, ou seja, imposto, transporte e diferença cambial. Recentemente, os sócios, de 26 e 27 anos, fizeram um contrato com uma usina de reciclagem para garantirem o fornecimento de uma maior quantidade de matéria prima. Dominguez, o mais novo, diz que “as pessoas não acreditam que uma tecnologia esteja sendo desenvolvida no país”.

    Outro exemplo de sucesso é a destilaria de rum Santa Teresa. Com mais de 220 anos de existência, a empresa permanece privada e em mãos de um empresário venezuelano, enquanto outras foram adquiridas por grupos estrangeiros. A empresa líder de mercado, com 35% de market share no primeiro semestre de 2018, exporta de 10% a 15% da sua produção, mediante um acordo com a multinacional Bacardi. Em 2017 produziu mais de 1,2 milhão de garrafas do seu destilado de cana,apreciado e prestigiado pelo comércio varejista do país. A Santa Teresa mantém um projeto social de reintegração de delinquentes e Vollmer, proprietário e CEO empresa, se apresenta como não partidário, disposto a estender pontes e ser construtivo com quem esteja disposto a buscar soluções.

    A Venezuela é um dos 40 países onde existe um programa de capacitação de empreendedores chamado Empretec, criado em 1988 e oferecido pela Organização das Nações Unidas (ONU), por meio da sua agência para comércio e desenvolvimento (Unctad, em inglês). O renomado programaatribui uma premiação para mulheres que participam do seminário de 6 dias e que se destacam nos seus países como empreendedoras de sucesso.

    O prêmio Empretec Women in Business Award (E-WBA) é conferido a cada 2 anos à vencedora, dentre as dezenas de participantes, pela excelência no desenvolvimento de ideias inovadoras de negócios que geram emprego e renda. Pela primeira vez, desde a edição inicial do E-WBA, em 2008, umaempreendedora venezuelana foi escolhida pelo painel de experts da Unctad para integrar a lista das 10 finalistas candidatas ao prêmio. Rina Arráez, que tem um negócio de acessórios feitos a mão com materiais reciclados, chegou na final competindo com 50 candidatas indicadas por 19 países ao E-WBA, cujas ganhadoras (1º, 2º e 3º lugares) serão anunciadas em 25 de outubro de 2018.

    Numa Venezuela  de economia combalida, onde as pessoas se ressentem, dentre outras coisas, da total   falta de segurança, que faz com que 4 em cada 10 cidadãos desejem abandonar o país,   o exemplo desses “heróis da resistência” acende a esperança de que a sociedade venezuelana tenha capacidade para se mobilizar e decidir, de modo soberano, o futuro econômico, social e político da sua nação.

    ———————————————————————————————–

    Fontes das Imagens:

    Imagem 1 “Barris de rum Santa Teresa” (Fonte):

    https://ronsantateresa.com/img/6.jpg

    Imagem 2 “Produto da Nedraki feito de material reciclado” (Fonte):

    https://scontent.fssa17-1.fna.fbcdn.net/v/t1.0-9/31919437_1870302263001505_8418447448497717248_n.jpg?_nc_cat=0&oh=d52f2f8f1a848edfa95715a7db0cfab5&oe=5BD06DF8


    Texto originalmente publicado em: https://jornal.ceiri.com.br/na-venezuela-alguns-negocios-prosperam-apesar-da-crise/

    Administrador, Especialista em Política e Estratégia, Mestre em Relações Internacionais, explorador e observador do planeta.
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