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    Nego Fugido celebra resistência à escravidão

    Paulo RogerioBy Paulo Rogerio20 de julho de 2019Nenhum comentário5 Mins Read
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    Neste domingo tem aparição do Nego Fugido, em Acupe de Santo Amaro

    Fotos: Alex Dantas

    Todos os anos, os domingos do mês de julho na comunidade de Acupe, distrito de Santo Amaro da Purificação, no Recôncavo Baiano, são para celebrar uma das mais importantes manifestações culturais da história da Bahia: a aparição do Nego Fugido, que ocorre pelas ruas da cidade, celebrando o protagonismo do negro na luta pela liberdade da escravidão.

    Além do Nego Fugido, desfilam Caretas, Mandus e Bombachos sempre a partir das 14h do domingo. Este ano, os destaques são a homenagem ao Mestre Messias de São Brás e a construção da Casa de Cultura do Nego Fugido, inciativa dos próprios moradores de Acupe que possibilitará diversas atividades culturais na localidade, além da guarda do acervo e da memória desta manifestação popular.

    A encenação do Nego Fugido é realizada há mais de um século pela comunidade de remanescentes quilombolas de Acupe, e reconstitui a história oficial da escravidão no Brasil. De forma contrária à narrativa oficial de que o negro ganhou a liberdade do colonizador – e pelas mãos da Princesa Isabel -, o Nego Fugido coloca a população negra como protagonista da sua liberdade.

    Ao transformar as ruas do distrito em um grande cenário a céu aberto, encenando o Nego Fugido, os moradores de Acupe evocam as experiências e memórias traumáticas acerca da escravidão no Recôncavo, entrelaçadas ao momento social e político atual. Este ano, os moradores decidiram homenagear um grande guardião da cultura local, o Mestre Messias, defensor da capoeira do Recôncavo, falecido no início do ano aos 91 anos.

    “O Nego Fugido é um processo de resistência que coloca o negro como protagonista e rememora a luta pela liberdade e o fim da escravidão. A liberdade do negro se deu por batalha, batalha não só dos vivos. Nesta festa celebração da resistência os mortos ressurgem para exigir a carta de alforria”, explica Monilson dos Santos Pinto, mestre em Artes Cênicas pela Universidade Estadual Paulista (Unesp) e integrante da Associação Cultural Nego Fugido.

    Patrimônio Cultural

    Há uma expectativa dos moradores de Acupe para assegurar a salvaguarda da manifestação do Nego Fugido junto aos órgãos de defesa da Cultura do Brasil. A proposta foi apontada ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) durante o processo que, neste ano, registrou como Patrimônio Cultural do Brasil, a festa do Bembé do Mercado, outra manifestação cultural que comemora o fim da escravidão e reforça a resistência dos povos negros do Recôncavo.

    Casa do Nego Fugido

    Neste ano de 2019, a manifestação cultural acontece com um propósito a mais: a construção da Casa do Nego Fugido, uma iniciativa que vem sendo realizada pelos próprios participantes e parceiros, por meio de doações e renda de apresentações revestidas para a compra de materiais para a obra. A Casa do Nego Fugido, no próprio distrito de Acupe, garantirá a realização de diversas atividades culturais ao longo do ano, como oficinas, ensaios, gravações, além de guardar o acervo e a memória deste rico patrimônio cultural. Parte das atividades deste ano já está prevista para ocorrer no espaço.

    PROGRAMAÇÃO

    Na sexta-feira, dia 26 de julho, a partir das 8h, haverá um mutirão comunitário com brincadeiras de terreiro para preparar a Casa do Nego Fugido para as atividades que encerram a aparição. Já no dia 27, 14h, tem a roda de conversa: “Urubu levou meu chapéu… O Recôncavo e os saberes do Mestre Messias”, destacando a contribuição do capoeirista para a cultura popular do Recôncavo. Às 16h, acontece oficina de maculelê com os mestres Caiçara, Dundum e Pé de Bala e às 20h, um show beneficente em prol da Rádio Comunitária de Acupe, com artista visitantes e bandas e artistas locais, já no espaço da Casa do Nego Fugido.

    O esperado dia 28/07, último domingo do mês, começa com Rodão de Capoeira em homenagem ao Mestre Messias, no Espaço Cultural Casa do Nego Fugido, às 9h; o X Encontro do Samba Raízes de Acupe, na rua da Rodagem, acontece das 10h às 18h e finalmente a prisão e leilão do rei de Portugal, que encerra a aparição do Nego Fugido, ao final da tarde, por volta das 17h, marcando essa centenária manifestação da cultura popular e da memória de luta por liberdade de um povo.

    Julho revolucionário 2019

    Homenagem ao Mestre Messias de São Brás

    Programação

    Dias 7, 14, 21, 28/07 

    14h Aparições Caretas, Nego Fugido, Mandus e Bombachos nas ruas de Acupe

    Dia 26/07

    8h Mutirão de construção da Casa do Nego Fugido e brincadeiras de terreiro

    Dia 27/07

    14h Roda de conversa: “Urubu levou meu chapéu… O Recôncavo e os saberes do Mestre Messias”;

    16h Oficina de Maculelê com os mestres Caiçara, Dundum e Pé de Bala

    20h Show beneficente em prol da Rádio Comunitária de Acupe, com artista visitantes e bandas e artistas locais, no Espaço Cultural Casa do Nego Fugido

    Dia 28/07

    9h Rodão de Capoeira em homenagem ao Mestre Messias, no Espaço Cultural Casa do Nego Fugido

    10h às 18h: X Encontro do Samba Raízes de Acupe, na rua da Rodagem

    17h Prisão e Leilão do rei de Portugal

    Texto: André Santana. Fotos: Alex Dantas

    Publicado em 19/07/2019

    Abolição Acupe de Santo Amaro Escravidão nego fugido patrimônio cultural Performance Negra Recôncavo resistência negra Santo Amaro
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