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    NEGROR | O espetáculo que é um soco na barriga do estado genocida

    Paulo RogerioBy Paulo Rogerio21 de fevereiro de 2018Nenhum comentário4 Mins Read
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    21/02/2018 | às 17h30

    A peça-panfleto-itinerante NEGROR trouxe reflexão para as ruas de São Paulo com o espetáculo que trata de tema tão doloso à população negra: o assassinato consentido de sua juventude. A partir de uma metáfora com o esporte de combate boxe, o elenco composto por dois lutadores, um juiz, uma ring-girl e um fotógrafo formam quadros vivos e trazem pequenos relatos sobre casos reais de violência contra garotos negros.

    O espetáculo é uma espécie de homenagem as Mães de Maio, mulheres que tiveram seus filhos assassinados pela polícia do Estado de São Paulo, no ano de 2006. A partir disso, elas criaram um coletivo, que até hoje lutam cotidianamente contra a violência pública contra a população negra.

    FOTO: Divulgação

    A morte é o resultado final e mais alarmante do racismo, por isso também o nome das peça foi estrategicamente pensada, como conta o diretor Sidney Santiago, ao Portal Correio Nagô: “O título NEGROR vem justamente da associação entre as palavras negro e horror, de forma a contextualizar a barbárie que vivemos. Ainda somos alvos e sujeitos suspeitos”.

    Desde 19 de janeiro, NEGROR vem fazendo apresentações itinerantes em localidades não tradicionais, como praças, largos, estações de trem e metrô nas periferias de São Paulo.

    Amanhã (23) ocorrem as últimas apresentações desta temporada, com a realização de um ato “VIDAS NEGRAS IMPORTAM”, que reunirá artistas e lideranças como Douglas Belchior, Salloma Salomão e a Cia Os Crespos. As apresentações serão na Avenida Paulista (frente do Masp) às 13h e às 17h, na Praça da República.

    Por que o lutador de boxe como personagem?

    “O boxe surge como uma metáfora. Quando o boxe surge nos Estados Unidos, ele surge como um a briga de oponentes. Os escravizados tinham que lutar pela sua vida e pelo patrimônio do seu senhor, e o boxe ainda hoje é um esporte onde as pessoas pagam para ver dois homens, historicamente dois homens negros, se digladiando.
    Por que é tão comum e por que me causa tanto prazer ver dois homens se digladiando? Isso tem haver com essa desumanização que é um processo histórico. Para nós o boxe surge nisso, como pegar uma alegoria, que nos é particular, e a partir dessa alegoria propor uma reflexão ” – Sidney Santiago.

    A violência tem cor

    Segundo dados do Atlas da Violência 2017, as pessoas negras tem 23,5% mais chances de serem assassinadas. Esse número se torna ainda mais assustador quando se trata de homens negros e jovens, que o número de mortes supera o de países em situação de guerra. O coletivo Mães de Maio alerta a sociedade brasileira sobre “como vivemos em uma sociedade equivocada, porque temos a policia que mais mata e que mais é morta no mundo. Morrem mais jovens negros no Brasil do que nas guerras da Síria, do Afeganistão”.

    Ainda com informações do Atlas da Violência, em 2012, o risco de um jovem negro ser vítima de homicídio era 2,6 vezes maior do que um jovem branco. Não é difícil perceber que a violência tem cor e persegue os negros, por isso todo cuidado é pouco, em seguida algumas dicas de sobrevivência para um jovem negro em um país racista como o Brasil.

    Dicas de sobrevivência para um jovem negro*:

    1. Não saia sem documentos, principalmente carteira de trabalho.
    2. Evite sair de casa altas horas.
    3. Sempre deixe alguém ciente de onde estará e se chegou em casa.
    4. Procure estar sempre acompanhado na rua.
    5. Não deixe o seu celular sem bateria. Você poderá usar para filmagem ou fazer uma ligação se necessário.
    6. Ande com a nota fiscal, caso esteja usando algum produto caro.
    7. Evite correr na rua, para não quererem te confundir com um “suspeito”.
    8. Em caso de “blitz”, não faça movimentos bruscos. Caso necessite, pergunte se pode abrir a bolsa ou o porta-luvas.
    9. Tente gravar a placa da viatura, nome no uniforme e o número do batalhão (deve estar na viatura e/ou no uniforme).

     *Sugestões propostas pelo militante Rodrigo França, em uma postagem, em relação a intervenção militar corrente no Rio de Janeiro.

     

    Beatriz Almeida é repórter-estagiária do Portal Correio Nagô.

    Com a supervisão da jornalista Donminique Azevedo.

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