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    Home»Blog»Noite dos tambores silenciosos: o festejo para os Eguns
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    Noite dos tambores silenciosos: o festejo para os Eguns

    Paulo RogerioBy Paulo Rogerio12 de fevereiro de 2018Nenhum comentário3 Mins Read
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    12/02/2018 | às 18h48

    Nesta segunda à noite (12), o pátio do Terço recebe Noite dos Tambores Silenciosos, com acesso gratuito, tendo início por volta das 20h, componto alto à meia-noite, quando as luzes são apagadas, aos ancestrais africanos.

    A Noite dos Tambores Silenciosos é uma tradicional reunião dos maracatus de Pernambuco que traz em sua essência a mistura da religiosidade de matriz africana e a expressão artística popular. Hoje, Pernambuco conta com duas celebrações, uma acontece em Recife e a mais recente, em Olinda.

    O festejo começou com o povo de Axé de Recife e é um culto aos Eguns, espíritos de ancestrais falecidos. Começou oficialmente com este nome no ano de 1961, por idealização do escritor Paulo Viana, com o objetivo de valorizar os princípios africanos, apesar de os negros desde a escravidão terem ritos semelhantes. Era uma espécie de cortejo de lamentações silencioso, às escondidas, o que deu origem ao nome da celebração: Noite dos Tambores Silenciosos.

    Mãe Badia e o Axé do Pátio

    A tradição começou e continua no Axé das Tias do Pátio do Terço ou Casa das Tias, localizado no centro histórico de Recife. Conhecida por todos como Recife Antigo, essa localidade apesar de hoje ser centro comercial, é onde Igreja e Pátio do Terço ficam.  A noite dos Tambores Silenciosos acontece no Pátio do Terço, na segunda de carnaval e o ritual conta somente com os Maracatus Nação, grupos vindos de terreiros de candomblé. Há meia-noite todos os tambores se silenciam e as luzes se apagam para que o pai de santo Raminho de Oxossi celebre a cerimônia.

    Segundo Pai Edson de Omolu, o Babalorixá da casa Tenda de Umbanda e Caridade Caboclo Flecheiro, a relação entre candomblé e maracatus é muito forte pela trajetória de resistência que dividem. “Durante o começo do século XX, muitos terreiros, para existir de forma mais estratégica a perseguição do racismo, funcionavam dentro de grupos de maracatu. Fazia como se fosse apenas uma brincadeira, mas na realidade tinha uma ligação com a religião do axé.”

    Maria de Lourdes Silva, mãe Badia, foi uma das ialorixas da Casa das Tias. Ela e as outras mulheres fizeram a base do Xangô (como é chamado o candomblé na região) de Pernambuco, influenciando toda cultura por seguinte. Mãe Badia era conhecida por toda cidade e respeitada pelos grupos carnavalescos, com os quais fez pontes e articulações, por isso a adesão completa da festa, o que a torna grande símbolo da identidade e cultura negra da cidade.

    O candomblé de Pernambuco é chamado de Xangô e seus praticantes de ‘xangozeiros’, como uma espécie de variação local. “Esse culto nasce a partir principalmente das tias do Pátio do Terço e recebe esse nome também pela forte influência do orixá Xangô, os grupos que vieram para cá tinham uma relação muito forte com os cultos desse orixá”, contou Pai Edson de Omolu.

    Celebração de Olinda

    Em Olinda, a festa está na sua 17ª edição no dia 5 de fevereiro, a partir das 20h. A celebração ocorre na Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos, Bonsucesso. A concentração será no Quatro Cantos de Olinda e para participar desta, os grupos de Maracatu não precisam vir de terreiro, com isso estão confirmados os Maracatus: Nação Badia, Nação Pernambuco, Nação Sol Brilhante, Nação Camaleão, Nação Coroado, Nação Maracambuco, Nação Tigre, Nação Estrela de Olinda, Nação Luana e, como convidado especial, o Maracatu Estrela Brilhante, de Igarassu.

    Beatriz Almeida é repórter-estagiária do Portal Correio Nagô.

    Com a supervisão da jornalista Donminique Azevedo.

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