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    Raça

    “Quem é racista, tem medo”

    Nilton LuzBy Nilton Luz28 de julho de 20131 comentário2 Mins Read
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    A ministra Cécile Kyenge

    “Quem é racista, tem medo. Diversidade é riqueza”, disse Cécile Kyenge em uma das inúmeras entrevistas que vem concedendo aos jornais italianos após o mais novo ataque racista de que foi vítima. Em um evento do seu partido na sexta-feira 26, uma pessoa não identificada jogou bananas em sua direção.

    A imprensa brasileira tem divulgado bastante o caso. Há duas semanas, atletas cubanas foram chamadas de “negras de merda” em Santa Catarina. A mídia brasileira sequer divulgou o fato. Por que a diferença de tratamento?

    A grande mídia brasileira, defensora das opiniões mais conservadoras do cenário político, procura defender duas teses. A primeira é a de que racismo é comum na Europa, ao contrário do Brasil. A segunda tese só reconhece o racismo objetivo, aquele que afirma que é racista. Ambas derivam do mito da democracia racial.

    Com isso, muito se defende que o racismo brasileiro é “subjetivo”, “disfarçado”. Um exemplo é a demissão do estagiário negro Marco Paulo dos Santos, pelo presidente do Supremo Tribunal de Justiça (STJ), Ari Pargendler, em um caso evidente de abuso de poder. Como não houve palavra alguma que denunciasse o racismo do magistrado, o caso deverá ser arquivado.

    O racismo brasileiro não é propriamente subjetivo, mas subjetivado. É o caso das atletas cubanas. O repúdio veio das redes sociais e de blogs independentes. Os demais silenciaram. Ou seja: o racismo é objetivo, mas a reação – ou a falta dela – que o torna subjetivo. No caso ocorrido no STJ, muitos leitores da grande mídia defendiam que Marco Paulo foi racista, pelo fato de denunciar o racismo. Isso não ocorre na Europa.

    De fato, as frustrações da crise econômica reacenderam as forças políticas reacionárias, xenofóbicas e racistas, mas a reação da sociedade e das instituições é bem diferente da que ocorre aqui. A mídia, o governo e as forças políticas reagem em defesa de Kyenge, sem medo de reconhecer e enfrentar o racismo. Quem quiser acompanhar, basta curtir a página da ministra no Facebook, no seguinte endereço: https://www.facebook.com/CecileKyengeKashetu?fref=ts.

    No Brasil, o silêncio ecoa mais forte do que as palavras. “Quem é racista, tem medo”.

    cécile kyenge objetivo racismo subjetivo
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    Nilton Luz

    Residente em Salvador, 27 anos, militante do movimento negro e LGBT. Estudante de Economia da Universidade Federal da Bahia, foi Diretor de Combate ao Racismo do DCE da UFBA (Gestão 2007/2008). É atualmente Coordenador de Organização da Rede Nacional de Negras e Negros LGBT. Representa a entidade no Comitê LGBT da Bahia.

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    1 comentário

    1. Norma Ribeiro on 28 de julho de 2013 14:45

      Existe um fechar de olhos para o comportamento “nazista” que assistimos em todos os estados brasileiros.A justiça como sabemos, cega; não quer enxergar omissa, por não querer perceber que em desfasados de racismo ou extremo de racismo a violência está instalada contra negros, pobres, nordestinos, homossexuais em fim índios. racismo é pouco. a situação é bem mais grave e quase fora de controle..todos falam dos PUNKS, e ninguém conhece os Skinheads, autores de tamanha barbárie em pleno século xxI

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    O Portal Correio Nagô é um veículo de comunicação do Instituto Mídia Étnica

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