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    Novela gráfica, “Melhores Inimigos” reconstrói relação entre EUA e Oriente Médio

    adminBy admin11 de fevereiro de 2013Nenhum comentário5 Mins Read
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    Obra do historiador Jean-Pierre Filiu e do quadrinista David B. já foi traduzida para 10 idiomas

    operamundi1Não é simples reconstruir 150 anos da delicada relação dos Estados Unidos com o Oriente Médio em uma linguagem gráfica. Mas através da visão crítica do cientista político francês especialista em islã, Jean-Pierre Filiu, e do renomado artista de quadrinhos, David B., o livro Melhores Inimigos consegue analisar as raízes dos principais acontecimentos que ajudaram a desenhar a política internacional. O primeiro volume da trilogia, publicada no Brasil pela editora Ática, já foi traduzido em 10 idiomas.

    A história começa no ano de 1783 em piratas atacaram navios norte-americanos, e se desenrola em medição de força e um conturbado jogo de interesses e disputas até chegar em 1953, quando a CIA derrubou o primeiro-ministro Mossadegh, do Irã.

    No balão do Bush, a frase é: “Nos momentos trágicos, a fé nos assegura que a morte e o sofrimento não terão a palavra final, que o amor e a esperança são eternos”. Enquanto Rumsfeld completa: “Durante uma guerra, o tipo de prova que as pessoas esperam geralmente não existe”. E os tormentos da ocupação seguem no Iraque e nos próximos quadrinhos.

    Em grande formato de 128 páginas em preto e branco, o livro é só a primeira fase dessa história e abrange, dentro de seu recorte e além da invasão do Iraque, a pirataria no Mediterrâneo, o surgimentos dos Estados Unidos como uma grande potência e a política do petróleo. O segundo volume, que está em processo, irá abordar os anos de 1953 até 1982. Por último, o terceiro passará pela administração do atual presidente Barack Obama e trará uma coletânea do que se vê no dias atuias.

    Desde o século XVIII, portanto, a inimizade foi configurada, trazendo com o tempo mais uma série de acusações e tensões que preenchem dois séculos de história em textos curtos e diretos, com muitas metáforas visuais.

    “A primeira decisão que tivemos foi selecionar fatos que eram significativos no sentido de moldar essa relação, mas também atrativos do ponto de vista narrativo. De um capítulo para o outro, é possível transitar por diferentes fases históricas e também entrar em contato com um conto sobre piratas, uma saga espiã e ainda uma intriga policial”, disse Filiu a Opera Mundi.

    Para o historiador, o importante deste trabalho foi manter a ideia de introduzir uma perspectiva histórica em uma série de eventos que, normalmente, são descritos como resultados de uma fatalidade, muito mais do que um desejo. “No caso do mundo árabe, temos de lembrar que norte-americanos eram muito populares enquanto os franceses e ingleses colonialistas sempre arrecadaram as piores famas. É impressionante ver como até a segunda metade do século XX, os EUA tinham papel de mocinho e a França e a Inglaterra levavam títulos de imperialistas odiados”, conta.

    Logo no início do livro, falas irônicas são proferidas por George W. Bush e Donald Rumsfeld em resposta à invasão norte-americana do Iraque, em 2003. “Era uma vontade nossa de destacar essa tragédia. O mundo todo ainda paga por isso, mas são as pessoas que vivem ali que realmente sofrem e continuam sofrendo. Assessores dos presidentes não fazem ideia de que os discursos que eles escrevem para seus chefes não servem apenas para a imprensa. Eles podem ser terríveis e trazer as piores consequências”, afirmou.

    “Estamos trabalhando no segundo volume que cobre uma série de guerras (1956, 1967, 1973 e 1982). No entanto, demos um jeito de transformar o conteúdo numa coisa que não seja cansativa, só militar. Espero ainda oferecer uma visão bastante fresca sobre a Guerra dos Seis Dias que, em 1967, não apenas remodelou o Oriente Médio, mas estabeleceu os fundamentos da aliança entre os EUA e Israel do jeito que se vê hoje”, disse.

    Da história para a arte

    operamundi2O pesquisador Jean-Pierre Filiu e David B., referência internacional das histórias em quadrinhos, se conheceram em 2008 enquanto participam como premiados da convenção do Livro Histórico, que atrai todos os anos 10 mil aficcionados pelo tema para Blois, no Vale Loire. Filiu já admirava o trabalho do artista e seu ponto de vista sobre o islã, que rompe com um pensamento monolítico ou ortodoxo. “A sociedade do Oriente Médio sempre foi e continua sendo diversa, complexa e plural” defende Filiu.

    O tema uniu historiador e artista, que resolveram criar uma obra não apenas educativa. A ideia era trazer os fatos históricos em um livro que também pudesse ser lido por entretenimento. E assim, a fim de destacar todas essas passagens com traço artístico, David B. ficou livre para mostrar seu trabalho muitas vezes surreal e completamente imaginativo, em que um turbante pode ser uma nuvem de pensamentos, um barril de petróleo (referente às prospecções petrolíferas na Pérsia) pode ser o cavalo das guerrilhas locais.

    Na França, os quadrinhos são sempre muito populares. Mas, segundo Filiu, esse é diferente. “Trata-se de um outro tipo de leitura porque é muito mais gráfico do que o normal para uma narrativa não-fictícia. É algo muito jovem que tem sido recomendado nas escolas para quem quer entender desse período, mas também para quem gosta de uma boa história”, concluiu.

    Fonte: Opera Mundi

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