O Ocupa Preto é um projeto que promove o combate ao racismo e a ocupação de espaços para desenvolver debates voltados para o tema. A iniciativa foi idealizada pelo estudante de Humanidades da Universidade Federal da Bahia (UFBA) Ícaro Jorge, 19, morador do bairro da Capelinha, periferia de Salvador.

O jovem relata que a iniciativa surgiu da preocupaçao com a falta de espaços para diálogos com a juventude negra e periférica, umas das mais prejudicadas nesse jogo de opressão.
“Percebi que havia uma necessidade de um espaço que dialogasse com a juventude negra e periférica com intuito de uma luta pela ocupação de espaços de poder”, diz Ícaro Jorge.
O coletivo surgiu em 20 de maio deste ano no bairro de São Caetano e tem promovido atividades de inclusão para a comunidade. Ícaro revela que não tinha a intenção de criar um coletivo, mas que essa construção foi acontecendo a partir dos encontros produzidos junto com com a colega Isis Almeida, estudante do Bacharelado de Artes da UFBA e conciliadora de emoções do projeto.
“Criar um coletivo nunca foi minha intenção, mas devido os nossos encontros e perspectivas de novas lutas foi sendo criado um coletivo aberto e mais fluido. Atualmente, contamos com Ísis Almeida, Karine Eloy e Inara Barone”, completa.
O Ocupa Preto completou cinco meses no último dia 20 de novembro, data marcante para a comunidade negra. “Realizamos mensalmente o #OcupaeConversa que são rodas com diversos temas que temos como foco a conciliação de histórias. O #MesaVivências que é uma mesa destinada para universidades e escolas sobre temas sobre combate ao racismo e o #DeixaaFavelaViver que se iniciou como aulão A favela vive, mas que tem outras iniciativas nos bairros” destaca.
No próximo sábado (26), o coletivo realiza na praça do Campo Grande, em Salvador, a partir das 14h, mais uma edição do #OcupaeConversa sobre afetividade negra.