Correio Nagô
    Mais editoriais
    • Revista
    • Manchete
    • Politica
    • Raça
    • Internacional
    • Economia
    • Tecnologia
    • Esporte
    Facebook Twitter Instagram YouTube
    • IME
    • Quem Somos
    • Anuncie
    • Apoie
    Facebook Twitter Instagram
    Correio NagôCorreio Nagô
    Novembro Negro 2022
    • Cultura
    • Direitos Humanos
    • Colunistas Nagô
    • Narrativas Negras
    • TV Correio Nagô
    Correio Nagô
    Home»Blog»Artigos»Olho na real: Só a Educação séria, honesta e sem triunfalismos pode reduzir a “exclusão digital”
    Artigos

    Olho na real: Só a Educação séria, honesta e sem triunfalismos pode reduzir a “exclusão digital”

    Adelson de BritoBy Adelson de Brito18 de setembro de 2012Nenhum comentário6 Mins Read
    Facebook Twitter Pinterest LinkedIn Tumblr WhatsApp VKontakte Email
    Share
    Facebook Twitter LinkedIn Pinterest Email

    Os modernos textos de ciências sociais e humanas fazem constantemente referencias a um padrão de identificação dos grupos humanos, usando como base a capacidade de acesso individual dos membros quanto à participação no fenômeno global da informação e da comunicação. Assim, a sociedade dos nossos dias assume implicitamente, que o seu indivíduo, célula unitária da sua formação enquanto aglomerado humano, é capaz de “se conectar”. E assim está plenamente qualificado a processar a valorização do capital social e cultural “a sua disposição” e conseguir ganhos econômicos e maximização da sua produtividade. O que? O Irmão, ou a Irmã acha que estou exagerando. E quer que evidencie o que está textualizado até aqui?…Simples: Assista cinco anúncios na sua TV, (de plasma, ou LED, etc.:) e terá a confirmação da minha assertiva. Portanto, o acesso ao mundo da Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) é uma condição necessária (mas não suficiente) para a inserção do indivíduo ou grupo, no contexto up to date do mundo globalizado.

    Segundo a mesma cartilha tácita da modernidade que caminha na velocidade da luz, a desigualdade entre indivíduos ou grupos em termos de acesso, uso ou conhecimento de tecnologias de informação e comunicação se constitui por outro lado, critério de exclusão associada invariavelmente a um adjetivo bastante substancial (?): A exclusão digital. Esse tipo de exclusão se refere a quaisquer desigualdades entre os grupos, em sentido amplo. Hoje, esse é o critério discriminador de povos dentro de um mesmo grupo ou nação. Vocês lembram do furacão Katrina, que arrasou alguns estados do sul dos Estados Unidos da América? Será que o nível de renda e de poder político das populações afetadas, não teve qualquer influencia sobre o tipo de resposta dado pelas autoridades do núcleo de poder do maior exemplo do capitalismo mundial? A exclusão digital dita a divisão dos grupos no interior dos países, até nos Estados Unidos da América. Discrimina, ordena e regulamenta a desigualdades entre os indivíduos, famílias, empresas e áreas geográficas em diferentes níveis socioeconômicos e demográficos, enquanto na área global, a exclusão digital global designa países como unidades de análise, examina e divide a comunidade internacional entre países desenvolvidos e em desenvolvimento.

    O acesso à TIC, uma condição que vem dia-a-dia se tornando fundamental para a vida ainda que em níveis mínimos de dignidade (segurança, comunicação, entretenimento, autodeterminação, mobilidade, etc.:) encontra desafios significativos que resultam de restrições de renda, de educação, e de modelo político e econômico. A fronteira entre o acesso a TIC como um bem essencial encontra uma barreira traduzida pela matemática das estatísticas em números cruéis. Segundo estudos realizados nos Estados Unidos da América o uso da TIC como um bem de luxo está ao alcance de uma faixa de poder de consumo que varia no entorno de US$ 10 (dez dólares, ou vinte reais) por mês, ou seja, 12 x US$ 10 = US$ 120 (Cento e vinte dólares, ou duzentos e quarenta reais) por ano. Assim, as pessoas nos EUA, consideram as despesas de US$ 120 (Cento e vinte dólares, ou quarenta reais) por ano com TIC como uma necessidade básica.

    Estudos desenvolvidos pela Organização das Nações Unidas ONU, revelam que mais de 40% da população mundial percebem cerca de US $ 2 (dois dólares, ou quatro reais) por dia, enquanto cerca de 20% vive com menos de US $ 1 (um dólar, ou dois reais) por dia ou seja, menos de US$ 365 (trezentos e sessenta e cindo dólares ou setecentos e trinta reais) por ano. Esses segmentos de renda teriam que gastar um terço dos seus ganhos em TIC (120/365 = 33%), o que é pedir muito, uma vez que a média global de despesa em TIC é de apenas 3% da renda. Soluções potenciais incluem diminuição dos custos com a TIC,  incluindo tecnologias de baixo custo e acesso compartilhado através de Telecentros (LAN Houses, etc.:).
    Vejo com DESCONFIANÇA toda e qualquer iniciativa fantasiosa trombeteada em horários nobres, anunciando “distribuição de computadores de baixo custo” para “comunidades carentes”, e coisas do gênero. Não acredito em pospostas de “avanço” que não tocam o cerne da questão. Embora os indivíduos se tornem capaz de acessar a Internet, muitos continuarão longe do acesso digital pleno, devido a barreiras como a falta de meios para absorver a infra-estrutura dos processos que permeiam o universo digital e/ou a incapacidade de compreender a informação que a Internet proporciona.

    Falta de infra-estrutura adequada e falta de conhecimento são dois grandes obstáculos que impedem a conectividade em massa. Essas barreiras limitam as capacidades dos indivíduos no que eles podem fazer e o que eles podem alcançar em termos de acesso aos tramites característicos da TIC. Algumas pessoas têm a capacidade de conectar. Mas funcionalmente, lhes falta capacidade de discernimento, vez que não detêm o conhecimento necessário para usar o conteúdo que a TIC e a Internet podem fornecê-los. Isto leva a um foco sobre as capacidades e habilidades, assim como a consciência de passar de mero “acessador” a usuário eficaz das TIC.
    Para finalizar, sem, contudo esgotar o tema vale ressaltar ainda o que se convencionou denominar “exclusão digital de segundo nível”, também conhecida como a” lacuna de produção”, termo que sinaliza o fosso que separa os consumidores de conteúdo na internet dos produtores de conteúdo. Como, devido à própria evolução do consumo e a manutenção do paradigma capitalista, o hiato tecnológico digital está diminuindo entre os que têm acesso à internet e os que não tem, o significado do termo ” exclusão digital”  também está evoluindo.
    Novas aplicações tornaram possível para qualquer um com um computador e uma conexão à internet se tornar um criador de conteúdo. Mas a maioria do conteúdo gerado pelo usuário amplamente disponível na internet, como blogs públicos, ainda é criado por uma pequena parte da população conectada a Internet. Tecnologias da Web 2.0, como Facebook, YouTube, Twitter, Blogs etc.:, permitem que os usuários participem da criação e publicação on-line de conteúdo sem ter que entender como a tecnologia realmente funciona. Isso contudo, cria, indiretamente um circuito de re-alimentação da exclusão dgital: O capitalismo tem sete folegos.De toda forma, a vantagem estará sempre com aqueles que têm as habilidades e compreensão para interagir mais intimamente com a tecnologia, enquanto aqueles que são consumidores passivos da mesma, tendem a assim se manter.O poder estará sempre do lado de quem sabe mais.

    Não alimentemos ilusões de “jeitinhos” e “oportunismos”, “dribles”, etc.:. A chave geral é o desenvolvimento da Educação livre de mentalidades políticas retrógradas de manutenção de feudos consolidados no conforto gerado pela inércia e pela indolência, tomando como base a ignorância generalizada e servil dos membros do povo.

    REFERENCIA:

    Digital divide (2012) ; http://en.wikipedia.org/wiki/Digital_divide
    Acessado em 18/09/2012 as 15:45
    Ilustração: http://www.contrib.andrew.cmu.edu/~mpcarrol/

    Share. Facebook Twitter Pinterest LinkedIn Tumblr WhatsApp Email
    Previous ArticleConhecendo algumas redes sociais – Parte 1
    Next Article Castro Alves estende a mão a Lula – Controvérsias das Eleições Municipais na Terra do Axé
    Adelson de Brito

    Related Posts

    DNA E LINGUAGENS RACISTAS: PIQUET X HAMILTON

    6 de julho de 2022

    O Brasil e o 13 de maio

    13 de maio de 2021

    “É preciso ter coragem para ter na pele a cor da noite!”

    6 de abril de 2021

    Representatividade x BBB 21

    23 de fevereiro de 2021

    Leave A Reply

    Você precisa fazer o login para publicar um comentário.

    Sobre
    Sobre

    Uma das maiores plataformas de conteúdo sobre a comunidade negra brasileira do Brasil, possuindo correspondentes em diversos estados do Brasil e do mundo.

    O Portal Correio Nagô é um veículo de comunicação do Instituto Mídia Étnica

    Editoriais
    • Cultura
    • Direitos Humanos
    • Colunistas Nagô
    • Narrativas Negras
    • TV Correio Nagô
    Facebook Twitter Instagram YouTube
    • IME
    • Quem Somos
    • Anuncie
    • Apoie
    © 2025 Desenvolvido por Sotero Tech.

    Type above and press Enter to search. Press Esc to cancel.