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    Home»Blog»Direitos Humanos»Onda negra medo branco: os “desajustados” e a batalha da FLICA.
    Direitos Humanos

    Onda negra medo branco: os “desajustados” e a batalha da FLICA.

    Correio NagôBy Correio Nagô1 de novembro de 2013Updated:1 de novembro de 2013Nenhum comentário6 Mins Read
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    Redação, Correio Nagô – O grupo Akofena lançou,no último dia 30 de outubro um texto em seu blog onde explica os acontecimentos relacionados ao protesto contra os escritores Demétrio Magnoli e Luiz Felipe Pondé durante a FLICA realizada na semana passada em Cachoeira. O protesto repercutiu nos principais veículos de comunicação do Brasil. Confira abaixo a íntegra do artigo onde o grupo fala sobre o caso.
    Ebó para Ogun
    Ogun é o Deus da Guerra e Revolução
    Ele se faz presente: nas greves, agitações e tumultos.
     Não carrego Ogun na cabeça
    No meu Ôri eu tenho Raios, fogo e pedra.
    Mas a Ogun tenho muito respeito
     sei que ele protege os rebeldes
    Ogun! Aceite o ebó dessas palavras
    Proteja-me dos gambé
    Afaste-me dos caguete
    Aparta as balas de minha carne
    Destrua as cadeias que aprisionam teus soldados amotinados
    Ogun! Aceite o Ebó de nossos protestos
    Os Pneus em chamas são teus
    As agitações nas ruas são tuas
    Vamos arria as Brs em teus pés
    Só pedimos a vitória, nada mais.
    Ogun é o deus da guerra e revolução
    Eu não carrego Ogun na cabeça
    Mas a ele tenho muito respeito
    Eu sei que ele ama os rebeldes.
    Por Aganju
    SEUS DESAJUSTADOS! Foi o que gritou a plateia hegemonicamente branca e de classe media alta da Flica (Festa Literária Internacional de Cachoeira) , quando no ultimo sábado (26/10/2013) um grupo diverso, de estudantes cotistas, militantes de movimentos sociais, professores/as universitários e moradores da cidade de cachoeira responderam responsavelmente a uma convocatória para um ato publico impulsionado por nós do Núcleo Akofena.
    O ato publico tinha  como tarefa cancelar/redirecionar os debates promovidos em duas mesas da Flica (Festa Literária Internacional de Cachoeira), que traziam como convidados Demétrio Magnoli e Luiz Felipe Pondé,  ambos colunistas da Folha, um se dizendo sociólogo e o outro filosofo.
    Os dois sujeitos convidados, representam/simbolizam/defendem os interesses das elites supremacistas brancas do Brasil, que historicamente encampam o processo de Genocídio Perpetrado pelo Estado Brasileiro contra a população negra e os povos originários. Dessa forma fomos a FLICA fazer guerra a nossos inimigos.
    Foi impagável ver cara de Magnoli quando quebramos o protocolo da asséptica FLICA, utilizando nossos corpos como expressão politica legitima, jogando a seus pés uma cabeça de porco, que não é alegórica tem um sentido pratico em nossas tradições, e gritando em alto e bom som DEMETRIO RACISTA! AQUI SÓ TEM COTISTA.Depois disso Exu começou a brincar e Ogun sacou os facões, a batalha começou.
    protesto
    A Flica racista como é rapidamente se mobilizou para nos expulsar. A internet foi cortada, as portas do colonial convento do Carmo foram trancadas, ninguém saia ou entrada e uma horda de seguranças foi acionada para nos retirar.
    Fomos empurrados, agredidos, atropelados, acossados, mas não nos retiramos. Como é de lei a policia apareceu para nos brutalizar e nós alertamos aos agentes de segurança do Estado: Prendam Magnoli ele é racista e racismo é crime.Depois de muita tensão a Organização racista da FLICA percebeu que não seriamos expulsos.
    Nós então expomos nossos termos de trégua que eram : 1-a saída imediata de Demétrio Magnoli da mesa ou 2-a mudança do tema da mesa que era “Donos da Terra? – Os Neoíndios, Velhos Bons Selvagens”, para Cotas raciais na sociedade brasileira, mesa essa, que seria composta por uma representante do movimento social negro, a retirada de Jorge Portugal da mediação e a permanência de Magnoli e da historiadora  Maria Hilda Baqueiro Paraíso. A FLICA, o racista do Magnoli, ambos, apoiados pela covardia histórica de Jorge Portugal recusaram nossas propostas, dessa forma, a mesa foi cancelada pela manhã.
    Nós não fomos embora e o convento do Carmo passou a estar sob-regime de ocupação. A condição para nossa desocupação do espaço foi o cancelamento da mesa de Magnoli e a não realização da mesa de Luiz Felipe Pondé, racista, machista e que famigeradamente se diz filosofo. Depois de algumas horas os covardes se renderam e as mesas de Magnoli e Pondé foram oficialmente canceladas.
    No mesmo dia vários veículos midiáticos noticiaram o acontecido, a grande maioria nos chamando de vândalos, agressivos, terroristas, Balck Bloks, marginais, antidemocráticos e mesmo animais humanos (Veja Online). Nós não esperaríamos outra postura dos grandes veículos de comunicação, que estão sobre o controle da elite branca brasileira e internacional, estranho, seria se noticiarem algo positivo.
    O protesto foi importante, pois reascendeu o debate de cotas raciais como medida reparatória para com a população negra, pelo crime de leso a humanidade ,praticado pelo Ocidente através da instituição da escravidão racial moderna entre os séculos XV e XIX . As cotas nas universidades, legitimadas pelo STF, foram só a ponta do Iceberg, “vocês nos devem ate a alma”.
     
     Magnoli e sua gangue de imbecis, Ivonie Maggie, peter fry e toda cambada que assinou o manifesto contra as cotas, representam uma pseudo intelectualidade derrotada, desesperada, desacreditada internacionalmente  e, sobretudo, que convive com um medo psicológico-cotidiano da Onda Negra.
    No século XIX, após a vitoriosa revolução haitiana dos Jacobinos negros, como adjetiva o intelectual-ativista negro C.L.R. James, as elites brancas do então mundo ocidental escravagista sofreram um forte golpe politico, econômico e psicológico na manutenção do seu status quo.  Por sinal o levante dos escravos, libertos e africanos haitianos, foi à primeira revolução social da história da humanidade, silenciada pela direita e esquerda branca internacional.
    Após a revolução haitiana, em quaisquer lugares onde o regime da escravidão era vigente, as elites brancas contraíram um medo coletivo do que chamaram de “haitianismo”, ou seja, a possibilidade real da massa escravizada de conspirar, planejar e se rebelar coletivamente contra o sistema racista da escravidão, o medo de uma Onda Negra.
    Esse medo da elite branca se reproduziu de forma geracional em seus círculos e os debates travados na década de noventa, nos primeiros dez anos dos anos dois mil, em relação às cotas raciais, sintetiza muito bem o medo coletivo das elites brancas (de direita e esquerda) da onda negra desajustada tomar as rédeas de seu destino.
    A reação histórica das elites brancas, a seu medo psicológico ao conjunto da população negra, foi/é genocídio sistemático a nosso povo, físico, politico, cultural e epistemológico.
    Fica o recado para Magnoli, Pondé e toda arroba de porcos/as  que assinou o manifesto contra as cotas raciais. Vocês não são bem vindos aqui na Bahia, mas com certeza, se pisarem os pés em cachoeira, serão acossados, expulsos e enfrentarão a fúria negra de nosso bonde de desajustados e serão novamente derrotados/a.
    Em uma das muitas declarações idiotas de Magnoli após a manifestação apenas uma merece nossa atenção. Ele afirma que se nós, negros e negras, “tomássemos” o poder fuzilaríamos nossos opositores. Isso não é bem verdade, nós não usaríamos fuzis, mas facções, paredão de fuzilamento é coisa da esquerda branca, nós não somos à esquerda domesticada, somos os desajustados a Onda Negra incontrolável.
     Mais uma vez o asno Magnoli não entendeu que o debate em curso não é apenas sobre poder, mas, sobretudo, civilizacional. Você deveria se preocupar menos com Karl Marx e mais com Ogun.
    Fred Aganju Santiago
    Militante do Nucleo Akofena
    Campanha Reaja ou Será morta/o
    Professor desajustado.

     

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