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    Home»Blog»Por que Claudenilson está discutindo identidades trans dentro do Candomblé?
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    Por que Claudenilson está discutindo identidades trans dentro do Candomblé?

    Paulo RogerioBy Paulo Rogerio31 de outubro de 2017Updated:31 de outubro de 2017Nenhum comentário4 Mins Read
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    Claudenilson Dias, integrante do grupo de pesquisa em Cultura e Sexualidade (CUS), da Universidade Federal da Bahia (UFBA), defendeu sua dissertação de mestrado em um terreiro de Candomblé. A dissertação foi realizada no Programa de Pós-graduação em Estudos Interdisciplinares sobre Mulher, Gênero e Feminismos, com o tema “Identidades trans em Candomblés de Salvador: entre aceitações e rejeições”.

    A defesa ocorreu no dia 26 de outubro, no Ile Ase Etomin Ewa, no bairro do Pau Miúdo, em Salvador, onde se localiza o terreiro de Candomblé em que o estudante é filho. O objetivo foi levantar a questão da transexualidade nos terreiros, a fim de quebrar tabus, além de possibilitar a visibilidade dos corpos trans nesses espaços.

    Claudenilson conversou com o Correio Nagô e fala sobre a importância de levar o terreiro para a academia, além de levantar questões como sexualidade e identidade de gênero atreladas ao ambiente religioso, como o caso do terreiro de Candomblé.

    Confira a entrevista na íntegra:

    Correio Nagô: Como foi levar o terreiro para a academia? Isso gerou os resultados esperados por você?

    Claudenilson Dias: Ter levado o terreiro para a academia foi muito no sentido de ter uma estratégia política para discutir as identidades trans* nesse espaço religioso. Eu me dei conta de que resultados esperados foram alcançados quando efetivamente aconteceu. Nesse momento, eu consegui vislumbrar uma conquista e um sonho dentro da minha casa de Ase. Colocar o povo da minha casa de Candomblé para pensar sobre transexualidade foi bem interessante, e eu vi aí a oportunidade de ampliar o escopo de assuntos a serem tratados pela nossa casa , entre nós e com nossos pares.

    Claudenilson Dias pesquisa identidade trans no Candomblé

    CN: Para você, qual a importância de trazer o debate sobre sexualidade e identidade de gênero nos terreiros de Candomblé?

    Claudenilson Dias:: Tratar desses temas nas comunidades-terreiro passa pelo modo como nós fomos socializados numa cultura binária na qual ou se é homem ou mulher.  Eu penso que uma vez que dentro das casas de Candomblé existe um contingente de pessoas de sexualidades dissidentes e de identidade de gênero diversas, como é o caso das pessoas transexuais, nada mais justo que toda toda essa discussão chegue para casa do Candomblé para que as pessoas tenham noção do que essas vivências têm em si mesmas.  

    CN: Qual a relação da comunidade com o tema?

    Claudenilson Dias: É meio nula. Tem aí um componente essencial para essa nulidade: o processo de silenciamento das identidades trans. Isso ocorre justamente porque essas pessoas estão à margem desse lugar sacrossanto. Na minha casa de Candomblé, por exemplo, nós tivemos dois episódios de pessoas trans chegarem para casa do Candomblé, mas não não conseguiu se firmar nela em alguma medida e não se firmar significa dizer que elas não tiveram possibilidade de existir nesse espaço partindo do pressuposto de que a identidade de gênero delas seria uma afronta para casa e para algumas pessoas especificamente.

    CN: Durante a sua pesquisa, houve alguma resistência por parte da instituição ou de algum orientador com relação ao tema?

    Claudenilson Dias: Felizmente, eu não tive nenhum nenhum tipo de restrição nem com relação a instituição tampouco com relação ao processo de orientação do trabalho. Muito pelo contrário eu sempre tive muito apoio da instituição e dos orientadores.

    CN: O espaço acadêmico sempre foi restrito à branquitude. Como você se sente sendo uma das poucas pessoas negras a acessar esse espaço?

    Claudenilson Dias: Inicialmente eu me sinto lisonjeado de ter chegado até onde cheguei, mas é muito bom lembrar que não cheguei até aqui sozinho. Considero que é só um passo, e ele precisa ser enaltecido, mas é importante lembrar que eu sou um dentre tantos outras/os negras/os que galgam o espaço da universidade enquanto um espaço de poder. Eu me sinto bem, me sinto empoderado no sentido de potencializar uma discussão que é invisibilizada dentro da academia. Embora seja um espaço ainda da branquitude, eu penso que nós estamos aqui para modificar essa cara que ela [academia] ainda tem.

    Ashley Malia é repórter Correio Nagô.

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