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    Qual a diferença entre o cinema produzido por mulheres negras no Brasil e na África?

    Paulo RogerioBy Paulo Rogerio23 de novembro de 2018Updated:23 de novembro de 2018Nenhum comentário4 Mins Read
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    22/11/2018 | às 21h22

    A presença de mulheres no cinema negro e diaspórico foi uma das pautas discutidas na XIV edição do Panorama Internacional Coisa de Cinema. Em parceria com a Mostra de Cinemas Africanos, as cineastas Chika Anadu, da Nigéria, Ng’endo Mukii, do Quênia, e Ceci Alves, da Bahia, foram convidadas para discutir o tema. A semelhança e diferença entre o que é produzido no Brasil e em países africanos foram os principais assuntos debatidos.

    Chika Anadu é cineasta nigeriana, mais conhecida pelo longa-metragem B for Boy, de 2013. Aos 16 anos, foi para a Europa estudar e conta que foi uma experiência que a ajudou a enxergar a Nigéria com outros olhos. Movimentar-se no mundo para adquirir novos olhares também foi um ponto que fez Ng’endo Mukii, também cineasta e que atua no cinema de animação, diferenciar-se, segundo ela.

    No Brasil, produzir cinema independente é, na maioria das vezes, depender de editais públicos, enquanto na Nigéria e Quênia elas buscam fundos, obtêm ajuda privada e até de familiares. Ceci Alves reflete que essa dependência do cinema brasileiro ao Estado se deve ao fato de não ser algo reconhecido como indústria.

    Yelllow Fever é um filme da queniana Ng’endo Mukii

    Os cinemas africanos já estão encaixados mais facilmente em circulação de festivais, porém, as cineastas revelam que esses filmes acabam restritos apenas aos festivais e às academias. Chika Anadu aponta que para que essas produções conseguirem ser distribuídas em festivais é necessário conhecer pessoas e que isso faz uma grande diferença. “Tem a ver com o relacionamento que você tem com a indústria. Meu trabalho sozinho não iria para lugar nenhum”, conta. Para Ng’endo, seus filmes tiveram mais aceitação em plataformas e ela ainda afirma que os cineastas não devem se prender aos festivais, pois essas plataformas ajudam o filme a ser visto.

    O PADRÃO AINDA É BRANCO 

    De um modo geral, as mulheres negras estão produzindo muito! Na Nigéria, por exemplo, há muitas realizações femininas, porém são desvalorizadas pela questão de gênero. Chika, que mora atualmente no Reino Unido, revela que por lá há uma abertura maior para iniciativas que valorizem a diversidade de vozes, entretanto, essas vozes são de mulheres brancas. Já no Quênia, de acordo com Ng’endo, o domínio do universo cinematográfico é totalmente masculino, mas que no cinema independente as mulheres dominam. Todavia, seu espaço é sempre questionado por ser mulher. Ela conta que faz muitos trabalhos para ONG’s, pois seus trabalhos feitos à mão dão o toque artesanal que essas organizações buscam e não algo mais robotizado.

    As realizadoras africanas Chika Anadu e Ng’endo Mukii compartilharam experiências de fazer cinema no continente africano

    Ceci já revela que na Bahia não chega a ser muito diferente, pois o cinema é também dominado por homens brancos “com grandes egos e equipamentos”, brinca. O que tentou fazer no seu trabalho foi sair do convencional, e não foi muito difícil, pois fazer filme na Bahia já é visto como uma produção periférica. “A gente pensa em ser rico com cinema, ganhar o Oscar, etc., mas estamos na fase de tirar o nabo da terra”, afirma ela e lembra que as novas gerações estão bem inclinadas e pulsantes às questões sociais e coisas que precisam ser faladas.

    Para as convidadas, a diferença entre o que é feito na Nigéria e no Quênia é que o cinema nigeriano é muito mais comercial e massivo, enquanto o queniano é mais artístico. No Brasil, Ceci afirma que há uma dificuldade no cinema em ser reconhecido como indústria até mesmo pelos próprios produtores, mas explica que arte e cinema deve ser visto como indústria também, pois as pessoas precisam ganhar dinheiro com o que fazem.

    A partir desta quinta-feira (22), Salvador recebe a Mostra de Cinemas Africanos no Cinema do Museu, do circuito Saladearte. Na mostra, serão exibidos cerca de 20 curtas e longa-metragens produzidos na África e que são inéditos no Brasil. 

    Ashley Malia é repórter-estagiária do Correio Nagô

    Com supervisão da jornalista Donminique Azevedo

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