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    Home»Blog»Direitos Humanos»Quilombolas pedem socorro! Moradores do Rio dos Macacos lutam para ter acesso à água em suas terras
    Direitos Humanos

    Quilombolas pedem socorro! Moradores do Rio dos Macacos lutam para ter acesso à água em suas terras

    Valéria LimaBy Valéria Lima22 de março de 2021Updated:22 de março de 2021Nenhum comentário5 Mins Read
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    Artistas baianos negros farão regravação da música “Chega de Mágoa” para alertar sobre os riscos que as famílias estão correndo

    Embora tenham conquistado o título de posse da terra, os moradores do Quilombo Rio dos Macacos ainda travam outra luta pelo direito de usar a única fonte de água que possuem. Vivendo numa área localizada entre Salvador e Simões Filho, na Bahia, eles foram impedidos pela Marinha do Brasil de utilizar os recursos do rio, fonte de água, alimento e renda. Neste Dia da Água, 22 de março, eles têm pouco a comemorar. Em defesa da qualidade de vida dessas famílias neste momento pandêmico, artistas baianos negros estão se reunindo para regravar a canção “Chega de Mágoa”, feita em 1985 pelo projeto Nordeste Já, que teve o objetivo de alertar sobre a seca na região.

    O clipe já tem participação confirmada dos cantores Tatau, Magary Lord, Márcia Short, Dão Black, Rallie, Irma Ferreira e Nadine Caesar. A live de lançamento da campanha #SosRiodosMacacos acontecerá no sábado (27), às 19h, no canal Jornalistas Livres, tanto no Facebook quanto no Youtube e será retransmitida pelos canais do CUT Bahia, MAB, MST, CUT Nacional, Debate Petroleiro e Ondas Brasil.

    Formado por 110 famílias que sobrevivem da pesca, do plantio e criação de animais, o quilombo vem sofrendo por intimidações, violências e repressões militares frequentes. Além do muro construído para impedir o acesso ao rio, um portão instalado na entrada da comunidade controla o acesso de moradores e visitantes. Carros e carteiros não têm permissão para entrar e chegar até a comunidade quilombola.

    A demarcação do território, que existe há mais de 200 anos, deveria ser de 270 hectares, mas foi reduzida para 98. Os 196 hectares restantes foram destinados à Marinha do Brasil, inclusive o rio. Mesmo com o pedido da Defensoria Pública da União para que o acesso à barragem seja compartilhado, a multa diária de R$ 1.000,00, por indivíduo que descumprir a ordem da juíza federal Mei Lin Lopes Wu Bandeira foi mantida.

    A história de luta

    O território onde está localizado o Quilombo Rio dos Macacos pertencia à antiga Fazenda Macacos. Em 1960, a área foi doada, indevidamente, à Marinha do Brasil pela Prefeitura de Salvador. Em 1961, os militares construíram a barragem no Rio dos Macacos e em 1969, a Base Naval de Aratu. Os conflitos entre quilombolas e militares começaram exatamente nessa época, mas a ação na justiça movida pela Marinha para reivindicar a posse exclusiva do território só foi iniciada em 2009. 

    Os quilombolas reagiram e obtiveram em 2011, a formalização e reconhecimento do Quilombo pela Fundação Palmares. Nesse mesmo ano, foi feito o primeiro pedido de demarcação das terras ao Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). Mas, só em 2020, quase uma década depois, a líder comunitária, Rosemeire dos Santos, 41, finalmente assinou a escritura de posse da terra, na sede regional do Incra em Salvador, sob forte emoção e cobertura midiática.

    Mas, a partir daí, se inicia um processo de violências e racismo institucional por parte da Marinha do Brasil e graves violações de Direitos Humanos, como o não acesso à água, nem mesmo para consumo próprio, negação de acesso também à energia elétrica, saúde e educação. Com a impossibilidade de acessar o rio, a situação das famílias ficou ainda mais precária. Morando em casas feitas de madeira, barro e telhado de amianto, os quilombolas sobrevivem graças às doações em dinheiro e cestas básicas, que recebem. 

    Chega de Mágoa

    A campanha #SOSQuilomboRioDosMacacos surgiu como mais uma iniciativa de contribuir para a melhoria da qualidade de vida dessas famílias. A canção que pretende ser regravada pelos artistas baianos busca superar a invisibilidade política e chamar a atenção da opinião pública sobre o drama vivido pelos quilombolas, que continuam proibidos pela Marinha de acessar o Rio dos Macacos, única fonte de água limpa da região. 

    A ideia é também mostrar a importância da solidariedade, a necessidade de fomentar políticas públicas específicas para os quilombos existentes no país e conquistar mais apoiadores para a campanha, especialmente, artistas e formadores de opinião. 

    Mediada pelo advogado e apresentador do Debate Petroleiro, Jailton Andrade e pela mestranda em Ciência Sociais e maestrina da Banda Didá, Adriana Portela, a live de lançamento da campanha terá a participação da líder quilombola Olinda Oliveira; do senador Paulo Paim (PT-RS); da deputada federal, Benedita da Silva (PT-RJ); da deputada estadual, Leci Brandão (PCdoB-SP); da deputada estadual, Olívia Santana (PCdoB-BA) e das vereadoras Maria Marighella (PT-BA) e Marta Rodrigues (PT-BA).

    Os cantores baianos Magary Lord, Dão Black, Raimundo Lima (Rallie) e a cantora Irma Ferreira, também estarão presentes na live, que contará com a participação do diretor comercial da Camisa da Latinha, João Neto, e do publicitário Aloysio Petitinga, criador da coleção “Te Quero Peixe”, feita para a campanha #SOSQuilomboRioDosMacacos. Parte do dinheiro adquirido com a venda das camisas será usada para custear a produção e a edição do single “Chega de Mágoa”. As camisas podem ser compradas no site Camisa da Latinha.

    Assista na íntegra o documentário “Quilombo Rio dos Macacos, o filme”. Ajude essas famílias compartilhando as hashtags: #SOSQuilomboRioDosMacacos #ChegaDeMágoa #EuQueroÁgua #EuQueroPeixe

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