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    Representantes de mídias periféricas e tradicionais trocam experiências em debate promovido pelo Instituto Mídia Étnica/Correio Nagô

    adminBy admin16 de outubro de 2012Nenhum comentário5 Mins Read
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    Evento contou com a participação do jovem carioca Rene Silva que relatou através do twitter a ocupação do Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro

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    Aos 11 anos, o jovem carioca Rene Silva decidiu fazer um jornal na escola em que estudava. “Eu queria mostrar os problemas sociais que a grande mídia não mostrava”, contou. Nascia assim o embrião de uma iniciativa que resultaria, seis anos depois, no twitter “Voz da Comunidade”, onde o estudante relatou a ocupação do Complexo do Alemão em 2010 e que serviu de fonte de informação para as mídias convencionais.

    Foi justamente relações como esta que foram debatidas ontem no Seminário “Mídia Comunitária e Mídia Tradicional: um diálogo possível?”, promovido pelo Instituto Mídia Étnica (IME)/Correio Nagô, no Conselho Estadual de Cultura, em comemoração aos sete anos deste grupo formado por jovens comunicadores negros que desde 2005 vem pensando e colocando em prática novas forma de comunicação, com foco na comunidade afrodescendente.

    Participaram ainda do debate o coordenador do grupo Mídia Periférica, Enderson Araújo, da comunidade de Sussuarana, Maria Gabriela do portal Nordeste Eu Sou, que atua no complexo do Nordeste de Amaralina, o editor do portal de notícias Ibahia, Luciano Matos e Juliana Nunes, da Empresa Brasileira de Comunicação / Comissão de Jornalistas pela Igualdade Racial de Brasília. Durante a apresentação, cada um dos representantes contou sua experiência e indicou possíveis caminhos para que estes dois tipos de mídias possam trabalhar juntas.

    No caso de Rene, após relatar a operação policial, seu twitter passou de 180 seguidores para cerca de 22 mil pessoas. Atualmente, o jovem carioca, que é também consultor da Rede Globo e possui uma agência de notícias especializada nas comunidades cariocas, conta com mais 90 mil seguidores na rede social.

    Segundo o jovem comunicador, o objetivo inicial era mostrar problemas enfrentados pela comunidade do Complexo do Alemão como esgotos a céu aberto, postes sem iluminação, buracos nas vias, além do tráfico de drogas, além de mostrar também o lado positivo da comunidade. “A gente viu que dava certo. Os comerciantes ficaram interessados em anunciar e a gente conseguia mostrar a realidade da comunidade”, contou.

    Já durante a ocupação do Complexo do Alemão, em novembro de 2010, Rene começou a responder perguntas de internautas sobre a operação e em pouco tempo já estava sendo seguido por artistas como o apresentador Luciano Hulk, a dramaturga Glória Perez, a cantora Preta Gil e a atriz e apresentadora Regina Casé.

    “As mídias tradicionais também começaram a acompanhar. Tivemos uma grande repercussão. Eu não imaginava que isso fosse acontecer. No dia seguinte, jornalistas daqui e de outros países estavam querendo saber o que estava acontecendo”, acrescentou Rene que ganhou diversos prêmios por conta da iniciativa que será ainda retratada na próxima novela da Globo “Salve Jorge”.

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    Assim como o “Voz da comunidade”, outros projetos tem mostrado que a Comunicação pode ser mais abrangente e inclusiva. Em Salvador, três jovens insatisfeitos com programas de grande audiência da mídia convencional, que excluem a cultura das periferias e muitas vezes usam as comunidades como cenário para suas matérias sensacionalistas, se reuniram durante o curso de “Direito à comunicação” e “Produção de Vídeos”, ministrado pelo Instituto Mídia Étnica e realizado pelo Fundo de Populações das Nações Unidas (UNFPA) na comunidade de Sussuarana, e fundaram o Grupo de Comunicadores Jovens Mídia Periférica.

    “Depois do Mídia Étnica ter mostrado como os negros da periferia são retratados comecei a pensar em tomar uma atitude e passei a observar minha comunidade com crianças jogando bola, coisas boas, e decidi que tinha que mostrar isso”, ressaltou Enderson Araújo. Atualmente, o Mídia Periférica tem uma coluna dentro do portal Ibahia. Araújo falou ainda da importância de as mídias alternativas procurarem espaço nas tradicionais.

    “Uma das mudanças que a gente fez foi abranger outros canais para complementar o que a gente não consegue dar conta e incluímos espaços como o destinado para o Mídia Periférica”, complementou o editor do Ibahia, Luciano Matos. “A gente tem ainda um jornalismo preconceituoso ditado pelas regras das empresas”, lamentou Matos. 

    Já no Nordeste de Amaralina, onde vivem cerca de 200 mil habitantes e é considerado um dos maiores bairros da cidade do Salvador, 17 jovens, cansados de terem a comunidade em que moram veiculada como um lugar de alta periculosidade, criaram em 2011 o portal NordesteuSou para “desmistificar esse paradigma”. “As denúncias saem da própria comunidade. Eles nos procuram para ter voz”, disse Maria Gabriela, uma das representantes.

    A jornalista da Comissão de Jornalista pela Igualdade Racial de Brasília, Juliana Nunes, ressaltou ainda o trabalho do Correio Nagô, que hoje conta com 500 mil visitas por ano e mais de 7 mil membros, e destacou que as mídias tradicionais não dão conta das especificidades e realidades das diferentes comunidades existente, principalmente a afrodescendente. “Projetos assim inspiram uma mídia alternativa. Uma mídia negra não só em Salvador como no Brasil. A gente tem uma lacuna enorme de portais como este”, disse.

    Apesar das experiências relatadas, Nunes destacou ainda que as comunidades não fazem parte das mídias convencionais. “É importante não perder de vista os mecanismos dessas mídias tradicionais que possuem interesses legítimos, mas que não correspondem aos interesses das comunidades. É bacana que mídias alternativas sejam criadas”, finalizou.

    *Por Anderson Sotero

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