Show musical, lançamento de livros e debate com autores mediado por repórter do Correio Nagô
O projeto Soul de Verão concebido pelo cantor e compositor Dão, em parceria com a Fundação Gregório de Mattos, leva ao Teatro Gregório de Mattos no dia 17 de fevereiro, às 16h, um novo conceito de difusão cultural que recebe autores da nova geração de pesquisadores na Bahia com talk-show e show de Dão & a Caravana Black.
O evento propõe o estabelecimento de intercâmbios de informações e das temáticas das diversas áreas de atuação dos autores Márcio Momó Abreu, Daniel dos Santos e Caterina Alessandra Rae, em um talk-show mediado por Marcelo Ricardo, repórter do Portal Correio Nagô, a convite dos organizadores. Além da conversa, Dão apresentará um show exclusivo a partir de sonoridades africanas e diaspórias.
Nesta primeira edição, projeto, que ocupa o verão do Centro Histórico da cidade, funde o show de Dão à proposta de reflexão e discussão coletiva organizada pela Editora Devires. As abordagens se debruçam sobre as novas produções que emergem no continente africano e na diáspora. As obras fazem intersecção entre raça, gênero, sexualidade, representação e poder.
Os exemplares custam R$ 35 reais, e podem ser adquiridos em um combo com as três obras por R$ 100 reais. A partir das 18h30, Dão & a Caravana Black sobem ao palco, com ingressos de R$ 50 reais (inteira) e R$ 25 reais (meia). Pela lista amiga, o ingresso custa R$ 30 reais, basta enviar e-mail para dao.black2@gmail.com
Intercâmbio de informações
Em “Como Fabricar um Gangsta: Masculinidades Negras nos Videoclipes de Jay-Z e 50 Cent”, o mestre em Cultura e Sociedade pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), Daniel dos Santos, produziu uma obra como parte do projeto de pesquisa sobre masculinidades negras, em que investiga as produções em audiovisual dos rappers que subverteram o sistema iconográfico de representação de homens negros.
A temática de novas representações do signo “negro” também está presente na obra do realizador em audiovisual Márcio Momó Abreu, “O Efeito Negro Encantado: Representações Étnicos-Raciais na Era Obama”. O autor analisa como as identidades étnicos-raciais são cinematograficamente construídas e como se relacionam com as realidades políticas e sociais dos períodos históricos.
Como as teoria feminista e queer se ocupam de debates sobre a descolonização e construção de novos eixos na particularidade do sul global, esta questão é ainda um central na obra “Traduzindo a África Queer”, organizado da professora da Universidade da Integração da Lusofonia Afro-brasileira (UNILAB), Caterina Alessandra Rae. O diálogo começa às 16h.
Texto: Marcelo Ricardo, repórter-estagiário/Correio Nagô
