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    Direitos Humanos

    Trote na Ufba gera debate sobre racismo simbólico

    Correio NagôBy Correio Nagô3 de março de 2015Nenhum comentário3 Mins Read
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    Um post publicado nesta segunda-feira, 02/03, em um grupo da Universidade Federal da Bahia no Facebook gerou uma séria discussão sobre o racismo simbólico de um trote realizado na Faculdade de Arquitetura da Ufba. Fotos publicadas por Cynthia Araújo mostram um boneco negro enforcado, a recepcionar os calouros. “Este é o personagem que recepciona os calouros na Faculdade de Arquitetura/UFBA: um boneco, representando um calouro, com os nomes dos calouros escritos nele, enforcado, coincidentemente negro. Até quando as pessoas acharão este tipo de “brincadeira” válida?”.

    A partir do questionamento de Cynthia, muitos estudantes e demais internautas se manifestaram em comentários. Muitos consideraram exagero na denuncia.  A rotineira tese de “mimimi” foi utilizada por alguns, como  Simone Barreto: “Quanta revolta desse povo. Não sei para que este vitimismo”.

    Na mesma linha, Itamar Bitencourt disse: “Sei que muitos não vão gostar, mas é muita frescura e muito mimimi por nada, só uma brincadeira…. a verdade é que o povo tá ficando cheio de não me toque, qualquer coisa agora ofende e é uma “frescurite” aguda que da raiva”. Em seu comentário, Itamar continua explicando que “o ‘trote’ é um rito de passagem do ‘zé ruela’ (sic) secundarista pra vida acadêmica dentro da universidade, se for bem feito (brincadeiras sadias, palestras, gincanas) o trote é super válido e fica guardado na memoria do “bixinho” calouro. Mas esses “chatiudos” querem sensurar (sic) até a porra de um boneco ainda mais alegando racismo… É muita falta do que fazer, é o que eu acho”.

    foto arquitetura IV

    Em seus comentários, muitos protestaram contra a violência simbólica e a forma como o debate do racismo é desqualificado por quem deveria mais se interessar, que são os estudantes universitários. “A Ufba e seu velho, ridículo, papel de apenas fomentar os velhos preconceitos, que é sempre endossado pelo seus estudantes!!!”, escreveu Alberto Alison.

    Mestre em Ciência Sociais pela Ufba, Elisia Santos argumentou: “uma das piores coisas que já vi, repugnante, trotes são feitos para depreciar pessoas? Se há negros e negras e alguns brancos incomodados para nós basta. Se quem deve se sentiu incomodado, tire o boneco e façam outros trotes. Se preferem bonecas negras, comprem nas lojas algumas bonecas negras e doem para crianças de todas as cores e vão fazer diferença. Depois escutem Strainght fruit de Billy Holiday para clarear ou escurecer as ideias”. Elísia faz referência à música imortalizada pela cantora afroamericana, que narra, de forma dramática, cenas de violência e assassinatos de negros nos Estados Unidos, quando corpos eram pendurados em arvores, queimados ou enforcados, como sugere o boneco do trote em questão.

    Com diversos resultados desastrosos em trotes por todo o país, como a recente morte de um estudante da Unesp, em Bauru, por excesso na ingestão de alcool, o fato ocorrido na Faculdade de Arquitetura da Ufba reforça a necessidade de discussão sobre os limites dessas recepções a calouro. “Vocês só podem estar loucos em achar que porque é trote se pode fazer tudo ou que tudo que foi feito se resume a brincadeiras. Não, isso foi sério e é racista sim. O mais desgastante aqui é ver pessoas brancas dizerem que isso é “mimimi”, logo se vê que realmente vocês não sabem o que é racismo porque não sofrem!”, argumentou  Felipe Doss.

    Veja todos os comentários: https://www.facebook.com/groups/165870313483419/permalink/817062955030815/

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